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"House of Gucci faz o que se propõe": os destaques do filme, por Fernanda Soares

Fernanda Soares contou suas principais impressões sobre o filme "House of Gucci"

@isafrasinelli e @fernandasoares | Publicado em 25/11/2021, às 10h55

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Jared Leto, Al Pacino, Lady Gaga, Adam Driver e Jeremy Irons em pôster do filme "House of Gucci" - Divulgação/ Universal Pictures
Jared Leto, Al Pacino, Lady Gaga, Adam Driver e Jeremy Irons em pôster do filme "House of Gucci" - Divulgação/ Universal Pictures

Depois de muita expectativa, House of Gucci finalmente chega aos cinemas nesta quinta-feira (25). O novo filme explora o escandaloso crime real que marcou a família Gucci nos anos 1990, trazendo como protagonistas os aclamados Adam Driver e Lady Gaga - carinhosamente apelidados por Fernanda Soares como Mauricinho e Patricinha rs.

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A criadora do Hollywood Forever TV já assistiu o longa e contou para a gente todas suas impressões sobre o projeto. Separamos aqui 5 destaques sobre as opiniões de Fernandashian para você conferir:

GOSTOU OU NÃO?

Diante de comentários iniciais sobre o filme bem divididos, Fernanda não hesitou em enfatizar: “Eu adorei o filme!”. Apesar de alguns críticos questionarem a longa duração da novidade  - que apresenta quase 3 horas de duração -, ela sentiu o tempo voar na sala de cinema.

“O filme me divertiu bastante, então eu nem percebi a duração dele. Só fui perceber quando as pessoas na internet começaram a reclamar. Mas eu me diverti do começo ao fim, achei muito entertraining.”

OSCAR MATERIAL?

Na sua visão, House of Gucci tem tudo para entrar na disputa do Oscar. Isso porque o filme traz todos elementos queridinhos da Academia: “Tem o 'baseado em fatos reais’, tem o crime de uma grande maison de alta costura de luxo, tem pessoas fazendo sotaque e falando de uma forma que não estão acostumadas, tem o Jared Leto transmutado num senhorzinho, tem o [diretor] Ridley Scott... todas essas coisas o Oscar ama. Então acho que com certeza vai estar na corrida do Oscar.”

“O filme é muito divertido. As pessoas apontaram vários problemas, de ritmo e tudo mais, mas pra mim passou. ‘House of Gucci’ faz o que se propõe. Ele conta a história e é divertido.”

AS ATUAÇÕES TÃO COMENTADAS…

Para Fernanda Soares, a dinâmica de Adam Driver e Lady Gaga como Maurizio Gucci e Patrizia Reggiani é a “principal força motriz do filme”. “Eles fazem uma dupla muito boa, é totalmente crível o relacionamento dos dois”, afirma.

O filme retrata essa relação colocando, de um lado, o herdeiro da maison exposto como o “bonzinho” e “passivo”. Enquanto isso, a mandante do crime é representada como a “ambiciosa”, que “fez um gambito da rainha com a família Gucci, como se ela tivesse feito todas as jogadas que acabam levando a Gucci para uma outra situação no futuro.”

“O Maurizio tava lá tipo de bocoió sem fazer nada. Então a Patrizia funcionou como uma ‘manic pixie dream girl’ para ele, sabe? E ela é mostrada assim. Chega essa mulher diante de um menino tímido e milionário da Gucci, aí ela mostra o mundo para ele [...] Então ela tem total papel de ‘manic pixie dream girl’.”

Lady Gaga chama a atenção pelo seu sotaque já muito destacado desde o primeiro trailer de House of Gucci. “As pessoas deram uma zuada até. Mas eu achei que ficou ótimoooo! Ela está falando igual a Donatella Versace quando fala inglês. Achei que ficou perfeito”, disse Soares.

Fernanda ainda garante que o empenho que Gaga teve para entrar na personagem valeu a pena: “Todos os esforços dela nesse sentido de ficar no personagem - fazer um pouco como atores do método, de viver nove meses falando nesse sotaque com as pessoas -, acho que tudo isso funcionou, porque ela entregou, sabe? Ela estava falando realmente como se fosse uma italiana falando inglês. Então achei ótimo.”

Al Pacino também “estava maravilhoso” e “deu uma bela de uma incorporada no tio Aldo”. “Depois eu fui ver entrevistas de todos [os integrantes da família Gucci] na vida real, de como eles eram, pra ver os maneirismos e tudo, se eles tinham bebido bastante nas fontes. Eu achei que a Gaga está igual a Patrizia, ela é perfeita para esse personagem e eu achei que ela entregou muito. O Adam Driver mesma coisa,  ele ficou a cara do Maurizio Gucci também e pegou os trejeitos. O Al Pacino ficou idêntico ao Aldo”, disse.

Sobre Jared Leto, Fernanda sentiu que sua atuação pendeu mais para um lado exagerado em relação aos outros atores. A criadora do HFTV identificou o personagem do astro como o “alívio cômico” do filme, mas ainda assim ficou com a impressão de que não estava vendo Paolo Gucci, mas algo como Mario - sim, o Mario do videogame rs.

“O Jared Leto ficou um pouquinho… como é que fala? 'It’s me, Mario', sabe? Eu achei que ele exagerou. Eu percebia que ele estava pensando em atuar. Sabe quando você vê um ator e você fala ‘ai meu Deus ele não está naquilo organicamente, ele está tentando fazer melhor que todo mundo’. Como se o subtexto fosse esse.”

Ela ressalta que Jared “é um bom ator”, mas “não gostei muito da atuação dele não, achei muito exagerada”. “Porém, dentro do universo do filme ficou ótimo [...] Ficou uma coisa caricata, mas achei que pro filme funcionou, porque ele é meio o personagem dele.”

“Então o exagero dele, a personalidade dele meio extravagante acaba combinando. Mas eu fui ver quem era o Paulo, e não, ele não era assim, de fato. Não sei se foi uma coisa dele contribuir com o personagem ou se foi uma direção de Ridley Scott, mas eu achei que podia ter chamado outra pessoa, já que você vai descaracterizar uma pessoa tanto, chama outra pessoa”, completou. 

O CRIME REAL E A CRONOLOGIA

Já contamos aqui no HFTV detalhes sobre o crime arquitetado por Patrizia Reggiani. Mas será que House of Gucci consegue retratar a história real da maneira correta? Fernanda acha que sim, só que traz algumas ressalvas!

“Eu acho que o crime em si foi bem fiel a história. Ela e a Pina [Auriemma, vivida por Salma Hayek], que era a cartomante, orquestraram juntas e contrataram os caras que iam matar o Maurizio Gucci. Mas eu não sei se as motivações ficaram claras, porque é justamente isso, esse pedaço do filme, que eu achei um pouco jogado. Então eu acho que a motivação ali não ficou muito clara.”

Sobre este momento em questão em que o crime começa a ser explorado, Soares destaca que “a construção do roteiro deu uma deu uma perdida” bem no meio do filme, tornando a cronologia “meio bagunçada”. “Dali pra frente, [...] o personagem que você achou que estava vivo já tinha morrido lá pra trás... enfim, achei que a linha do tempo ficou meio esquisita da metade pro final”, explica.

“Tipo, você está acompanhando ali o relacionamento da Patrizia Gucci com o Maurizio Gucci. Quando eles começam a se desentender não fica muito claro essas fissuras no relacionamento do casal, como que vai se desgastando, o que que acontece. Só uma outra pessoa meio que entra na história e aí a personagem da Gaga dá uma sumida e de repente ela já volta pra matar o Maurizio Gucci. Então você fala: ‘Epa, o que que aconteceu aí? Ela é decidida né? Ela some e volta e fala ‘Kill my husband’.”

Outro detalhe envolvendo a cronologia que não foi muito bem explorado foi a investigação após o crime: “Uma coisa que eu achei que não ficou claro no filme é que a Patrizia só foi presa 2 anos depois do assassinato. Parece que foi assim, overnight, parece que foi bem da noite para o dia. ‘Nossa, acharam, tá presa?’, foi corrido essa parte do tribunal também, não tem muito essa timeline.”

O QUE FALTOU EM HOUSE OF GUCCI?

Falando sobre Patrizia Reggiani, Fernanda acredita que as motivações que levaram a socialite italiana a matar o ex-marido poderiam ter sido melhor retratadas. “Eu acho que no filme a Patrizia ficou muito humilhada pelo fato do Maurizio Gucci trocar ela por outra mulher e o filme mostrou ela mais como uma pessoa humilhada, sendo que ela era bem ambiciosa. Ela queria fazer parte do império da Gucci e não mostrou um pouco essa frieza”, iniciou.

“Na hora de decidir matá-lo ela ficou super passional e ficou parecendo que era só uma vingança por uma humilhação pública. Achei que faltou essa exposição de que ela arquitetou o assassinato também porque ela queria fazer parte do império Gucci e que ela tinha feito parte de toda essa orquestração da troca de poderes ali dentro, da redistribuição de poderes.”

A criadora do HFTV também destaca outros pontos que poderiam ser incluídos em House of Gucci, como uma história icônica que marca o início dos shipps de casais célebres: “Uma coisa que não tinha no filme mas que eu acho que poderia muito ter, seria demais: eles andavam por Milão em um carro com uma placa ‘Mauizia’, tipo ‘Brangelina’, o mashup de casal muito antes de aparecer ‘Bennifer’ e ‘Brangelina’.”

Soares ainda acrescenta que gostaria de ter visto mais a ambientação do cenário italiano: “Uma coisa que o filme provoca é uma vontade de ver mais as paisagens da Itália. Nesse ponto eu achei que tinha muito plano fechado, gostaria de ter visto mais planos abertos, mais da suntuosidade que cerca 'House of Gucci'. Isso eu achei que faltou um pouco, mas também não compromete.”


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