Conheça as histórias reais por trás de 10 músicas de sucesso, de relacionamentos abusivos à tragédias históricas
Redação Publicado em 15/08/2022, às 20h00 - Atualizado em 16/08/2022, às 10h00
Que muitos filmes, livros e séries são baseados em histórias reais, não é nenhuma novidade. Mas você sabia que muitas músicas também são inspiradas em fatos? Em diversos casos, as músicas trazem consigo histórias reais e, muitas vezes, chocantes e surpreendentes. Pensando nisso, HFTV seleciona histórias reais por trás de 10 músicas de sucesso que vão de relacionamentos abusivos à tragédias históricas.
Considerada um clássico de Eric Clapton, Tears in Heaven foi composta nove meses após a morte do filho do cantor, Connor. Aos quatro anos, o garoto faleceu de maneira trágica ao cair do 53º andar de um prédio em Nova York, no ano de 1991.
“Você saberia meu nome
Se eu o visse no paraíso?
Seria o mesmo
Se eu o visse no paraíso?”
Escrita por Kurt Cobain, a música relata um crime terrível de violência sexual ocorrido em Tacoma, Washington, em 1987. Na época, na saída de um show de punk rock, uma garota de 14 anos aceitou a carona de um homem chamado Gerald Arthur Friend; acabou sendo sequestrada e estuprada. Ela conseguiu pular e fugir da caminhonete do criminoso e Gerald foi preso logo em seguida.
“Polly quer um biscoito
Talvez precise de mais comida
Ela me disse para a desamarrar
Uma caçada seria legal para alguns”
Poucos sabem, mas a letra da música de enorme sucesso tem, na verdade, um significado bem chocante por trás. Inspirado no terrível massacre de Columbine, que ocorreu em 1999 nos Estados Unidos, e em outros casos de massacres ocorridos em escolas no país, a música escrita por Mark Foster tem como objetivo de retratar a mente um adolescente psicótico e homicida e conscientizar a todos sobre os problemas do porte de armas e a violência que isso pode gerar.
“É, ele encontrou um revólver
No armário de seu pai
Escondido numa caixa de coisas estranhas
E nem sei o que aconteceu
Mas ele virá atrás de você, sim
Ele virá atrás de você
Todas as outras crianças com tênis caros
É melhor vocês correrem
Melhor correrem, mais rápido do que a minha arma”
O que muitos pensam ser uma canção sobre amor é, na verdade, bem mais complexa que isso. Escrita por Paula Toller e Leoni em 1984, a canção retrata um relacionamento abusivo que Carlos Beni Borja, ex-baterista da banda, estava vivendo. Pensando nisso, os artistas se uniram para alertar o colega e escreveram sobre uma namorada que deseja mudar o seu parceiro.
“Uh, eu quero você
Como eu quero
O que você precisa
É de um retoque total
Vou transformar o seu rascunho
Em arte final
Agora não tem jeito
Cê tá numa cilada
É cada um por si
Você por mim e mais nada”
Lançada um mês antes da morte de Renato Russo, em outubro de 1996, a música foi composta por ele, Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos; retrata momentos de depressão vividos pelo cantor por conta de todo o seu sofrimento com a AIDS.
“Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima
Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor”
Lançada na década de 80, a música que se tornou um grande sucesso conta a história real de uma colega dos membros da banda que, na época do colegial, vivia um relacionamento abusivo. O principal objetivo da letra é chamar atenção para a violência doméstica.
“E eu que tenho medo até de suas mãos
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega
E eu que tenho medo até do seu olhar
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega”
A música conta a história de Jack, O Estripador (Jack, The Ripper, em inglês), um dos assassinos mais conhecidos do século XIX. Na cidade de Whitechapel, em Londres, o criminoso estuprava e matava mulheres de forma violenta. Sua verdadeira identidade, entretanto, nunca foi descoberta.
“Você vai se surpreender
Você vai ter um choque
Nas ruas da cidade de Londres
Onde há escuridão e névoa
Quando você menos esperar por mim
E você virar as costas
Eu atacarei”
Histórias de serial killers que se tornaram famosas no mundo todo pela brutalidade dos crimes inspiraram uma série de músicas. Dead Skin Mask, do Slayer, retrata o caso de Ed Gein, um dos assassinos mais bizarros da década de 70 no Texas, Estados Unidos. O homem, que assassinou 33 pessoas, utilizava máscara feita de pele humana, guardava pedaços de corpos pela casa e desenterrava cadáveres nos cemitérios para utilizar seus ossos para criar itens aterrorizantes.
“Dance com os mortos nos meus sonhos
Escute seus gritos assustados
Os mortos tomaram minha alma
A tentação perdeu o controle”
A música, que fala sobre um "domingo sangrento", faz referência ao dia 30 de janeiro de 1972, quando, na Irlanda do Norte, milhares de pessoas foram às ruas para protestar pelos seus direitos civis. Neste dia, 14 pessoas foram mortas pelo exército, e a música foi escrita em homenagem às vítimas.
“Garrafas quebradas sob os pés das crianças
Corpos espalhados num beco sem saída
Mas não vou atender ao clamor da batalha
Ele me encurrala, me encurrala
Contra a parede
Domingo, domingo sangrento
Domingo, domingo sangrento”
Parte do disco The Glorious Burden, a música fala sobre os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 que ocorreram nos Estados Unidos. A canção melancólica é uma forma de homenagear as vítimas da tragédia, uma das maiores (ou talvez a maior) da história do país.
“Outro dia, como qualquer outro
Subitamente, tornou-se horror
Como eles puderam?
Por que eles fizeram?
Os inocentes sofreram o inferno
Um ato sem sentido que não pode ser esquecido
Como eles puderam?
Eles irão pagar”
