Filha de Alec Baldwin, Ireland Baldwin detalha violência sexual que sofreu na adolescência em novo relato publicado no TikTok neste domingo (26)
Ireland Baldwin, filha dos atores Alec Baldwin e Kim Basinger, detalhou em um vídeo publicado no TikTok neste domingo (26) sua experiência com aborto e sobre ter sido vítima de violência sexual na adolescência. O relato vem após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de derrubar Roe vs Wade, eliminando o direito constitucional ao aborto.
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No vídeo, Ireland Baldwin disse estar compartilhando sua história para que outras mulheres se sintam "apoiadas e amadas". Ela continuou explicando que ficou "completamente inconsciente" quando foi estuprada e que isso mudou sua vida completamente, não contando a ninguém quando aconteceu.
@irelandshmireland I’m here for you ♥️ #fyp#roevwade#womensrights♬ original sound - Ireland
"Isso mudou o curso do resto da minha vida. Eu nunca contei a ninguém na época, não por anos. A única pessoa que sabia era uma enfermeira que me tratou logo depois, e eu nem contei ao meu namorado na época. Não meus pais. Ninguém."
Ela ainda contou que manteve sua experiência em segredo por tanto tempo e que isso causou muita "mágoa e dor" a si mesma e a seus entes queridos.
"Abriguei tanta dor e tanta culpa por tanto tempo, e entrei em uma espiral. Perdi o controle da minha vida. Eu bebi muito mais. Eu festejava muito mais. Eu me automedicei. Eu estava em outros relacionamentos e amizades abusivos e tóxicos. Eu praticamente fiz tudo o que pude para me distrair."
De acordo com a estrela, ao ver “mulheres corajosas compartilharem suas histórias”, ela começou a pensar no que teria acontecido se tivesse engravidado após a agressão sexual. Embora ela tenha reconhecido que tinha mais "recursos" do que outras mulheres, ela disse que teria sido "traumatizante" para ela criar um filho na época.
Baldwin então compartilhou outra experiência, mais tarde na vida, quando ficou grávida do bebê de seu então namorado. Ela disse que eles estavam "muito infelizes" e que ele não queria uma família. "Naquele momento, eu diria que estávamos muito infelizes juntos. E ele deixou bem claro que nunca quis filhos ou casamento. Ele mal queria estar em um relacionamento sério", explicou.
Com isso em mente, ela reconheceu que a melhor decisão era fazer um aborto. De acordo com Baldwin, ela não queria que seu filho experimentasse a mesma experiência que viveu, a de de "nascer de pais que se odiavam".
Ela também afirmou que, embora pudesse colocar a criança para adoção, acreditava que trazer um filho para sua vida não era uma opção. Ela então disse que, ao fazer o aborto, estava se escolhendo - e que essa foi uma escolha da qual não se arrepende.
"Eu poderia ter tido aquele bebê e colocado aquele bebê para adoção? Talvez, talvez não. Mas escolher criar um bebê sem minha própria segurança financeira, sem um parceiro amoroso e solidário. Isso não ia funcionar para mim. Eu me escolhi e me escolheria novamente. A vida é sua, a escolha é sua".
Em outra parte do vídeo, Ireland explicou que, enquanto compartilhava sua história de agressão sexual e aborto, ela não acredita que seja "responsabilidade" de outra pessoa fazer o mesmo se não "se sentir confortável".
"Vi inúmeros TikToks nas últimas 24 horas, onde mulheres estão dizendo a outras mulheres que é sua responsabilidade compartilhar sua história de aborto. Acho isso invasivo e errado e simplesmente não é verdade."
O vídeo de Ireland Baldwin vem depois que a Suprema Corte dos Estados Unidos eliminou o direito constitucional ao aborto, no último dia 24 de junho, o que derrubou os históricos acordo de Roe vs Wade, em 1973, e Planned Parenthood vs Casey, em 1992.
Com a escolha de proibir o aborto agora para cada estado, 13 deles irão imediata ou rapidamente abolir o procedimento com as chamadas proibições de "gatilho", enquanto é projetado que os outros 22 acabarão o proibindo completamente.
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