Protagonista de Abracadabra, Bette Midler foi acusada de transfobia na Internet após tweet revoltado com o machismo na sociedade americana.
Bette Midler está no meio de uma enorme confusão em suas redes sociais. Ao se pronunciar sobre a revogação do direito constitucional ao aborto nos Estados Unidos, a atriz de 76 anos acabou ofendendo alguns ativistas e internautas; eles acusaram o seu discurso um ato de transfobia. "Mulheres do mundo! Nós estamos sendo privadas dos direitos dos nossos próprios corpos, nossas vidas e até nossos nomes!", começa a irmã Sanderson de Abracadabra.
"Eles não nos chamam mais de mulheres; nos chamam de pessoas que dão à luz ou menstruadores, e até pessoas com vaginas! Não deixe eles te apagarem! Todos os humanos do planeta Terra estão te devendo!".
WOMEN OF THE WORLD! We are being stripped of our rights over our bodies, our lives and even of our name! They don’t call us “women” anymore; they call us “birthing people” or “menstruators”, and even “people with vaginas”! Don’t let them erase you! Every human on earth owes you!
— bettemidler (@BetteMidler) July 4, 2022
Como em um flashback de Animais Fantásticos e Aquaman, um boicote à sequência de Abracadabra está sendo ~negociada~. "Bette, não seja uma TERF. Não nos faça boicotar Abracadabra 2!", diz um tuíte. TERF, by the way, é uma abreviação para feminista radical trans-excludente.
Bette. Don’t be a TERF. Don’t make us boycott Hocus Pocus 2.
— Kris Vire (@krisvire) July 4, 2022
O comentário de Bette Midler despertou controvérsia, gerando mais de 20 mil respostas. Um dos maiores argumentos usados por ativistas da comunidade LGBT+ é que, por conta do vasto espectro de gênero, pessoas não binárias e homens transgêneros seri am "pessoas com vaginas", e não mulheres.
Alguns tweets chegaram a comparar Midler com a autora de Harry Potter, J. K. Rowling, conhecida por falar abertamente sobre o seu preconceito contra pessoas trans, aplicando termos e ideias ultrapassadas em suas falas. A escritora ainda não saiu em defesa da atriz, mas estamos de olho. 👀
Na terça-feira (5), Midler postou um link para um artigo do New York Times escrito pela jornalista Pamela Paul. No texto, a autora argumenta que "a esquerda mais extrema e a direita mais extrema concordam com uma coisa: as mulheres não importam". A atriz voltou atrás, fez a sonsa e disse que "não tinha intenção de ser transfóbica". Olha só a desculpa...
"Pessoas do mundo! Meu tweet sobre mulheres era uma resposta para esse fascinante e bem escrito artigo da New York Times. Não tinha nenhuma intenção de excluir ou ser transfóbico em nada do que eu disse; só não é sobre isso."
PEOPLE OF THE WORLD! My tweet about women was a response to this fascinating and well written piece in the NYT on July 3rd. https://t.co/MlsATlrr1r. There was no intention of anything exclusionary or transphobic in what I said; it wasn’t about that.
— bettemidler (@BetteMidler) July 5, 2022
Sem. Comentários.
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