Saiba quais são os protocolos da polícia e da política por trás da Operação London Bridge, instaurada após morte da Rainha Elizabeth.
@heloisakoo | Publicado em 09/09/2022, às 15h23
A notícia da morte da Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, abalou o mundo. E o conhecido protocolo London Bridge, que significa Ponte de Londres, veio à tona. Mas o que significa a operação? Trata-se de um extenso passo-a-passo para que a polícia, o país e a população consigam realizar o período de luto oficial.
Separamos todo o passo-a-passo do plano, para te explicar o que vai acontecer nos próximos dias!
A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, é a primeira pessoa a ser avisada do ocorrido (tirando a família próxima da Rainha). Liz tomou posse do cargo na última terça-feira (30) e já passou por esse grande obstáculo. Na manhã da morte da Rainha, quinta-feira (08), ela pediu para que a população se “preparasse para difíceis notícias”, horas antes do anúncio oficial.
Após a família real e o parlamento britânico, a equipe deve avisar aos chefes de Estado que possuem relações sociais e comerciais com o Reino Unido. O equipamento usado é específico, circulando com uma frequência de rádio única. 15 territórios, além do Reino Unido, que possuem a Rainha como chefe de Estado, assim como as 36 bandeiras, deverão ser comunicados. Após isso, os líderes deverão usar uma faixa preta amarrada em seu braço, como um sinal de respeito e luto.
A equipe de relações-públicas da Família Real, finalmente, então, anuncia a morte da monarca. O site oficial do Palácio de Buckingham ficou com layout totalmente preto e uma mensagem de luto, como mandava no protocolo.
A maior rádio do Reino Unido, governamental, devia soar um alarme específico, um que, até então, nunca foi ouvido. Segundo os britânicos, esse alarme apenas soou segundos antes do anúncio de óbito oficial, e a programação foi completamente alterada. Os programas de música foram cancelados e a grade foi apenas jornalística, e deve permanecer assim até a finalização dos 9 dias de luto oficial.
O corpo de Elizabeth, que morreu na Escócia, foi transportado até Londres durante a noite, como esperado no protocolo. Seu corpo ficará na Sala do Trono, no Palácio de Buckinham, em um caixão que possui uma tampa falsa. Ela será rodeada por suas joias e guardas tradicionais britânicos ficarão a postos.
O duque de Norfolk ficará responsável pelos preparativos do funeral. Essa responsabilidade não é pessoal de Edward Fitzalan-Howard, o atual duque, mas sim, algo que vem com o título. Os duques de Norfolk, tradicionalmente, possuem o dever de garantir o melhor serviço funerário à Família Real desde 1672.
Charles foi coroado Rei da Inglaterra exatamente ao meio dia desta sexta-feira (09). Ele se tornou Rei Charles III e sua esposa, Camilla Parker-Bowles, a rainha consorte. A Elizabeth já manifestou anteriormente que desejava que a ex-duquesa da Cornoalha fosse considerada uma rainha.
O velório e funeral da rainha acontecerão exatamente 9 dias após a morte da monarca, ou seja, dia 17. Esse é o tempo necessário para que guardas e padres possam ensaiar os movimentos e protocolos ritualísticos.
O seu caixão, revestido por chumbo, será carregado por dez guardas reais, como manda a tradição. A guarda do caixão da rainha deverá ser trocada a cada 20 minutos, por 23 horas. O guarda mais jovem ficará próximo da cabeça, o mais velho, dos pés. Quando o caixão adentrar a porta da catedral, às 11h, toda a Inglaterra deverá fazer silêncio. Trens deverão interromper anúncios e todos os veículos deverão parar, os passageiros deverão sair dos veículos em sinal de respeito. O caixão será levado ao claustro, onde será içado o jazigo real.
Assim que ela entrar, todas as transmissões, televisivas, radiofônicas ou pela internet, devem ser interrompidas. Lá dentro, Rei Charles deverá jogar um punhado de terra vermelha de uma tigela de prata em cima do caixão.
