Rainha Elizabeth II deixa um legado enorme, durante 70 anos de reinado. HFTV reúne 11 momentos emblemáticos e inesquecíveis da monarca
@nicolybastos_| Publicado em 08/09/2022, às 17h15
Rainha Elizabeth II sentava ao trono há tanto tempo (sete décadas, mais precisamente), que é quase que inevitável esquecer que, uma monarca com tantos feitos importantes e emblemáticos, nem sequer era para governar. Elizabeth II morreu nesta quinta-feira (9), aos 96 anos, mas deixa grande legado com sua governância - e muitas polêmicas.
Nascida em 1926, Elizabeth era filha do segundo filho do rei George V e tinha poucas expectativas de suceder ao trono até que seu tio, o rei Edward VIII, abdicou em 1936 para se casar com a socialite americana Wallis Simpson. Após a morte de seu pai, o rei George VI, Elizabeth, de 25 anos na época, foi chamada para assumir o trono, iniciando um reinado importante.
Em fevereiro de 2022, o Reino Unido iniciou uma série de celebrações para o Jubileu de Platina da rainha – marcando 70 anos de seu serviço à Comunidade Britânica.
A monarca provou ser consistente e duradoura. Em abril de 2021, ela perdeu o marido de 73 anos, o príncipe Phillip, quando ele morreu aos 99 anos. Em fevereiro de 2022, a rainha contraiu o coronavírus, que mais tarde ela disse que a deixou "muito cansada e exausta".
HFTV reuniu alguns dos principais momentos que definiram o reinado da rainha Elizabeth II.
Confira 👇
1. Coroação da Rainha Elizabeth II - 2 de junho de 1953
Realizada na Abadia de Westminster, a cerimônia de coroação de Elizabeth foi a primeira a ser transmitida ao vivo pela televisão. Cerca de 27 milhões de pessoas no Reino Unido (de uma população total de 36 milhões) assistiram à cerimônia e mais 11 milhões ouviram pelo rádio. Depois, cerca de 3 milhões de pessoas fizeram fila na rota enquanto a rainha e sua comitiva faziam sua lenta procissão de volta ao Palácio de Buckingham.
No meio de uma década marcada por mudanças sociais e políticas, a rainha manteve uma agenda lotada de deveres diplomáticos, incluindo uma visita de 10 dias à República Federal da Alemanha (ou Alemanha Ocidental) que foi a primeira visita oficial de um Realeza britânica desde 1913. Sua visita marcou o aniversário de 20 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, ajudando a simbolizar a reconciliação entre os dois países e a reconhecer o ressurgimento da Alemanha como potência na Europa e no cenário mundial.
Durante uma viagem real pela Austrália e Nova Zelândia com Philip e a princesa Anne em 1970, Elizabeth contrariou séculos de tradição real ao dar um passeio casual para cumprimentar multidões de pessoas pessoalmente, em vez de acenar para elas de uma distância protegida.
Em 7 de junho, Elizabeth e Philip viajaram do Palácio de Buckingham até a Catedral de St. Paul's, em Londres, para comemorar oficialmente seu 25º ano no trono. Vestindo uma roupa rosa brilhante, incluindo um chapéu decorado com 25 sinos de tecido, a rainha repetiu sua promessa de dedicar sua vida ao serviço.
Em 29 de julho de 1981, cerca de 750 milhões de pessoas em 74 países ao redor do mundo assistiram ao casamento do príncipe Charles, o filho mais velho de Elizabeth, com Lady Diana Spencer, na Catedral de St. Paul's. O romance entre o herdeiro do trono britânico e a jovem atraiu enorme atenção da mídia, e suas luxuosas núpcias foram consideradas o “casamento do século”. Mas enquanto Diana conquistou a adoração do público, seu casamento com Charles (e seu relacionamento com a família real) foi conturbado desde o início.
O casamento de Charles e Diana continuou a se deteriorar e, em 1992, eles anunciaram sua decisão de se separar. O príncipe Andrew, segundo filho da rainha, e sua esposa, Sarah Ferguson, também se separaram, enquanto Anne se divorciou do marido, Mark Phillips. No final daquele ano, um incêndio no Castelo de Windsor destruiu mais de 100 quartos. Em um discurso proferido para marcar o 40º aniversário de sua sucessão, a rainha Elizabeth observou que 1992 “se tornou um 'Annus Horribilis'”: latim para “um ano horrível.
As críticas públicas à família real ficaram mais intensas após o divórcio de Charles e Diana em 1996 - e especialmente após a morte de Diana em um acidente de carro em Paris no verão seguinte. A rainha inicialmente permaneceu em sua propriedade em Balmoral, na Escócia, e se recusou a permitir que a bandeira fosse hasteada sobre o Palácio de Buckingham ou a se dirigir à nação em luto.
A pedido de seus conselheiros, ela logo revisou sua posição sobre a bandeira, voltou a Londres para cumprimentar multidões de enlutados e fez um raro discurso televisionado a uma nação devastada pela perda da “princesa do povo”.
Há também os famosos rumores de que a Rainha teria participação na morte de Lady Di, supostamente planejada.
8. Jubileu de Ouro - 2002
A celebração da rainha por seu 50º ano no trono foi marcada por uma dupla perda, quando sua irmã mais nova, a princesa Margaret, e sua mãe morreram com poucas semanas de diferença. Como a primeira monarca britânica desde a Rainha Vitória a celebrar um Jubileu de Ouro, Elizabeth viajou muito naquele ano, incluindo visitas ao Caribe, Austrália, Nova Zelândia e Canadá. Ela também visitou 70 cidades e vilas em 50 condados do Reino Unido.
Comparado com a tumultuada década de 1990, o início do segundo meio século de Elizabeth como rainha coincidiu com o início de relações mais positivas entre a Grã-Bretanha e sua família real: em 2005, a maioria do público britânico apoiou o casamento de Charles com seu amor de longa data, Camilla Parker-Bowles.
Talvez nenhum outro evento durante o reinado de Elizabeth tenha simbolizado mais a modernização da monarquia do que o casamento do príncipe Harry com Meghan Markle, uma atriz americana divorciada e birracial. Embora a rainha tenha dado sua rápida aprovação ao casamento, a relação entre o casal e a mídia britânica – assim como o resto da família real – ficou cada vez mais tensa após o casamento.
Em 2020, o duque e a duquesa de Sussex anunciaram que estavam se afastando de seu papel como membros da realeza sênior. Mais tarde, eles se mudaram para o sul da Califórnia, terra natal de Markle. Seu filho, Archie, nasceu em 2019, seguido por sua filha Lilibet em 2021.
Em 9 de abril de 2021, o príncipe Philip, marido de Elizabeth por 73 anos, morreu aos 99 anos. A história de amor mais longa da monarquia britânica começou pouco antes da Segunda Guerra Mundial, quando o príncipe Philip da Grécia, de 18 anos, conheceu a então princesa Elizabeth. Em 14 de novembro de 1947, o casal se casou na Abadia de Westminster, e o rei George VI nomeou Philip como duque de Edimburgo logo depois disso.
Por mais de meio século, o príncipe Philip apoiou sua esposa em seus deveres reais e assumiu uma ambiciosa lista de obrigações próprias. O funeral de Philip foi realizado em 17 de abril de 2021. Por causa das restrições do coronavírus, apenas 30 convidados foram convidados a comparecer. Fotos da rainha sentada sozinha na Capela de São Jorge impressionaram muitos como um símbolo de sua solidão e tristeza.Re
Em fevereiro de 2022, a Inglaterra iniciou uma série de comemorações que marcam os 70 anos da rainha Elizabeth II no trono. Em 2 de junho, um desfile militar com 1.400 soldados com bonés de pele de urso, músicos e 240 cavalos, um viaduto da Força Aérea Real e uma salva de 82 tiros foram encenados para homenagear o monarca de 96 anos, cujo aniversário foi em 21 de abril. A seção de Londres até apresentou um desfile de corgis (a raça de cachorro favorita de Elizabeth), com mais de 30 dos caninos de pernas curtas "marchando" em uma procissão.
A rainha assistiu à pompa da sacada do Palácio de Buckingham e foi acompanhada por quatro gerações de seus herdeiros, incluindo seu filho mais velho, o príncipe Charles; o mais velho de Charles, príncipe William; e o filho mais velho de William, o príncipe George. Apesar da idade e de ter acabado de contrair um caso de COVID-19, a rainha, vestida de pérolas e vestido azul claro, casaco e chapéu, exibia um largo sorriso.
