Relembre as acusações feitas por Mia e Dylan Farrow contra o diretor e roteirista Woody Allen.
@heloisakoo | Publicado em 20/09/2022, às 15h53
Woody Allen é uma das figuras mais controversas do cinema. Após o cineasta supostamente anunciar sua aposentadoria - mas desmentir a mesma - ressurgiram dúvidas sobre o polêmico caso Allen vs. Farrow. Conhece?
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O diretor Woody Allen, vencedor do Oscar por Annie Hall (1978) e indicado duas vezes por Manhattan (1979), estava em um relacionamento firme com a atriz Mia Farrow. A loira era conhecida por participar de filmes como O Bebê de Rosemary (1968) e O Grande Gatsby (1974). Ela tinha seis filhos, alguns biológicos e outros adotados com o ex-marido, o maestro Andre Previn: Matthew, Sascha, Lark, Summer (que atende por Daisy), Fletcher, Moses e Soon-Yi.
Em julho de 1985, Mia adota um bebê, Dylan Farrow. Woody Allen não participa da adoção, apesar de já estar em um relacionamento com a atriz. Em 1987, nasceu Satchel Ronan Farrow, filho biológico de Woody e Mia. Quatro anos depois, o diretor também adotou Dylan Farrow e Moses Farrow como seus filhos.
Mia, então, em 1992, descobriu uma pilha de fotos da sua filha, Soon-Yi Previn, nua no escritório do diretor. A idade da moça era desconhecida, uma vez que não se sabia exatamente com quantos anos ela foi adotada, mas se acreditava que ela tinha vinte e um anos. Allen tinha 50 quando a traição ocorreu.
No mesmo ano, Dylan Farrow disse para Mia que seu pai, Woody, teria a abusado sexualmente na casa de Connecticut, nos Estados Unidos. E então, o casal começa a se separar.
Em agosto de 1992, Woody Allen promove um processo contra a ex-esposa, pedindo a guarda total de seus três filhos, Dylan, Satchel e Moses. No mesmo mês, o diretor assumiu publicamente o seu relacionamento com Soon-Yi Previn, sua ex-enteada. O homem negou as acusações de abuso de Dylan:
“Esta é uma manipulação injusta e terrivelmente prejudicial a crianças inocentes por motivos vingativos e egoístas,” disse o diretor. Ele alegou que Mia teria influenciado Dylan a mentir para puni-lo por seu relacionamento com a jovem coreana.
A filha de Farrow criticou a mãe adotiva, defendendo Woody: “Admito que seja uma relação fora do comum, mas não vamos ficar histéricos. Não sou uma flor menor retardada que foi estuprada, molestada e abusada por algum padrasto malvado – nem de longe. ”
Em março de 1993, começou o julgamento pela custódia. Enquanto Allen diz que a ex o ameaçava com telefonemas e a agir descontroladamente na frente das crianças, Farrow disse que temia que “ele teria sentido atração por Dylan desde os seus dois anos de idade.” A polícia averiguou o corpo da menor e descobriu que não havia marca de abuso sexual.
Em junho do mesmo ano, Mia ganhou a guarda total dos três filhos. O juiz Elliott Wilk descreveu Woody como um pai "egocêntrico, indigno de confiança e insensível" e condenando-o por seu caso com Soon-Yi Previn, por colocar os membros da família uns contra os outros, e por falta de conhecimento básico da vida de seus filhos.
