Segundo o ator, sua conduta tóxica é consequência de um abuso sexual sofrido por ele aos 13 anos. Saiba mais!
@rafaelapaiiva | Publicado em 06/02/2023, às 11h01
Após dois anos longe dos holofotes, Armie Hammer, o Oliver de Me Chame Pelo Seu Nome (2017), finalmente quebrou o silêncio sobre as acusações de abuso sexual e canibalismo. Em entrevista recente ao Air Mail, Hammer falou pela primeira vez sobre o assunto e revelou que pensou em se suicidar quando as denúncias aconteceram.
Segundo o ator, sua conduta tóxica com as mulheres é consequência de um abuso sexual que ele sofreu por um pastor quando tinha 13 anos. “Eu estava impotente naquela situação. Eu não tinha gerência na situação. A sexualidade foi apresentada a mim de uma forma assustadora onde eu não tinha controle. Meus interesses foram: quero ter controle da situação, sexualmente falando”, revelou.
Apesar de admitir seu comportamento tóxico, Armie nega que tenha cometido os crimes dos quais foi acusado. “Eu estava com essas mulheres jovens, de 20 e poucos anos, enquanto eu tinha mais de 30. Eu era um ator de sucesso naquele momento. Elas poderiam ter ficado felizes só por estarem comigo, podem ter dito 'sim' para as coisas às quais talvez elas não diriam por vontade própria. Havia um desequilíbrio de poder na situação".
Pai de dois filhos, fruto do antigo relacionamento com Elizabeth Chambers, o ator confessou que pensou em tirar a própria vida no auge da polêmica, mas desistiu por causa das crianças. "Apenas entrei no oceano, nadei o mais longe possível e esperei para me afogar, ou que fosse atropelado por um barco ou comido por um tubarão. Foi quando percebi que meus filhos estavam na praia e que não poderia fazer isso com eles”, contou.
Hammer diz estar pronto para "assumir meus erros e a responsabilidade pelo fato de que fui um idiota, que fui egoísta, que usei as pessoas para me fazer sentir melhor e, quando terminei, segui em frente". O ator também garante que agora é "uma pessoa mais saudável, mais feliz e mais equilibrada".
"Sou capaz de estar ao lado dos meus filhos de uma forma que nunca estive... Sou muito grato pela minha vida, minha recuperação e tudo mais. Eu não voltaria e desfaria tudo o que aconteceu comigo".
Hammer aproveitou a conversa para criticar a "cultura do cancelamento" por não permitir a “redenção” de quem errou. Além disso, contou que o também ator, Robert Downey Jr., foi a pessoa que o ajudou quando ele “estava no fundo do poço”.
“No minuto em que alguém faz algo errado, essa pessoa é dispensada. Não há chance para reabilitação. Quando jogam alguém como eu no fogo para se protegerem, tudo que estão fazendo é tornar o fogo maior. E agora esse fogo está fora de controle e vai queimar todo mundo", disse o ator.
