Em entrevista à Rolling Stone Brasil, Supla dá detalhes de sua experiência ao assistir Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída pela primeira vez
@hollywoodforever.tv Publicado em 27/07/2022, às 12h11
Em comemoração aos 41 anos da estreia de Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída, a A2 Filmeslevará o clássico alemão novamente aos cinemas, em cópia remasterizada. A pré-estreia para convidados acontece nesta quarta-feira (27), no Petra Belas Artes, apresentada por Hollywood Forever TV, Cinebuzz e Rolling Stone.
Em depoimento à Rolling Stone Brasil, o cantor Supla relembrou a primeira vez em que assitiu ao clássico e como isso acabou o impactando. "O que posso dizer sobre Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída? É tão triste", comenta.
Supla fala sobre o quão forte achou o longa, além de dizer que tirou um aprendizado dele no fim das contas. "[A protagonista] se prostituiu porque ela precisa de dinheiro para conseguir a droga dela e sustentar o vício. É muito triste, muito pesado o filme".
"Quando eu assisti ao filme pela primeira vez, aprendi uma grande lição: nunca vou injetar nenhuma agulha em mim, tá ligado? É uma injeção e ainda fica desse jeito. É a maneira mais baixa que você pode se acabar com drogas, com heroína. Então foi uma grande lição."
No entanto, ele não deixou de destacar os momentos que considera mais "positivos". "Por outro lado, o filme tem momentos maravilhosos: a molecada toda correndo num shopping tocando uma música do [David] Bowie, a performance do Bowie é muito legal, a jaquetinha da menina".
Por fim, ele deixa um recado, apesar de pesado, recomenda o filme para todo mundo: "Eu aconselho a todo mundo assistir [ao longa] porque é legal de se ver. É isso aí, divirtam-se."
A pré-estreia para convidados acontece na quarta-feira (27), no Petra Belas Artes, apresentada por Hollywood Forever TV, Cinebuzz e Rolling Stone. Além da exibição, acontecerá um debate comandado pelos nossos @ademircorrea e @fernandasoares.
A estreia ao público geral será na próxima quinta-feira (28). Inspirado no livro homônimo de Kai Hermann e Horst Rieck, o filme de Uli Edel concretizou Christiane F. e sua história em um imaginário que sobrevive gerações.
O drama biográfico se passa Alemanha dos anos 1970, em uma Berlim ainda segregada pelo muro erguido em meio às disputas da Guerra Fria. É neste contexto que conhecemos Vera Christiane Felscherinow e mergulhamos na comovente e aterrorizante decadência de sua saga. Ainda adolescente, sucumbe às promessas da heroína e se entrega ao submundo responsável pela sua destruição.
"Este retrato inabalável de uma adolescente viciada e trabalhadora sexual irá varrer qualquer alegria remanescente. Seu elenco, suas locações e suas músicas resumem a sombria dissolução da Berlim Ocidental nos anos 1970 e início dos anos 1980".(Ed Potton, The Times)
Christiane F. tinha 15 anos quando conheceu os escritores Kai Hermann e Horst Rieck, em 1978, na capitão alemã. Uma entrevista de duas horas que se transformou em dois meses. Dois homens, que de jornalistas passaram a ouvintes apaixonados. Foi assim que uma matéria sobre os problemas da juventude tornou-se um ícone da literatura contemporânea.
Quatro décadas após o lançamento, que aconteceu em 1981, o diretor alemão Uli Edel conta que o projeto quase não saiu do papel; confessa que tinha dúvidas se realmente deveria gravar a adaptação do livro de Kai Hermann e Horst Rieck. Foi quando conheceu Christiane F. herself que tudo mudou. "Fiquei muito surpreso porque no livro ela era mostrada quase sempre como vítima, mas quando a conheci pessoalmente, achei que ela era uma pessoa bem forte."
Todos os detalhes dos bastidores aqui.
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