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Mistério em Idaho: o caso chocante dos quatro universitários assassinados nos EUA

Quem é o suspeito? O que disseram as sobreviventes? HFTV reúne tudo o que você precisa saber sobre o misterioso - e cruel - caso de Idaho!

@rafaelapaiiva | Publicado em 06/01/2023, às 21h26 - Atualizado em 10/01/2023, às 17h18

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Mistério em Idaho: o caso chocante dos quatro universitários assassinados nos EUA - Getty Images/Instagram
Mistério em Idaho: o caso chocante dos quatro universitários assassinados nos EUA - Getty Images/Instagram

Em 13 de novembro de 2022, a polícia de Moscow, nos Estados Unidos, recebeu um chamado envolvendo um “individuo inconsciente”. No entanto, ao chegarem no local, se depararam com a terrível cena dos corpos de quatro estudantes da Universidade de Idaho, que foram brutalmente assassinados.

O cenário assustador e extremamente sangrento — com sangue das vítimas descendo até mesmo pelas paredes — chocou os EUA e logo ganhou repercussão mundial, se tornando um dos assuntos mais comentados — e misteriosos — dos últimos meses.

Pensando nisso, para te ajudar a entender tudo o que aconteceu — e ainda está acontecendo — no misterioso caso de Idaho, HFTV reúne as informações mais importantes sobre o crime, desde os últimos momentos das vítimas antes dos assassinatos até a recente prisão do suspeito que, para a surpresa de todos, é um estudante de criminologia.


AS VÍTIMAS

Ethan Chapin, de 20 anos, iniciou seus estudos na Universidade de Idaho em 2021. Integrante da fraternidade Sigma Chi, ele estudava Gestão de Recreação, Esporte e Turismo. Ethan estava em um relacionamento com Xana Kernodle, uma das vítimas. Xana, que também tinha 20 anos, era júnior na universidade e fazia uma especialização em Marketing na Faculdade de Negócios e Economia. Ela também era membro da irmandade Pi Beta Phi.

A terceira vítima, Madison Mogen, de 21 anos, também era júnior na universidade e, assim como Xana, estava cursando Marketing na Faculdade de Negócios e Economia e era uma das integrantes da fraternidade Pi Beta Phi. A quarta vítima, Kaylee Gonçalves, de 21 anos, era sênior de estudos gerais na Faculdade de Letras, Artes e Ciências Sociais, e membro da irmandade Alpha Pi.

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Ethan, Xana, Kaylee e Madison - (Reprodução/Instagram)

ÚLTIMOS MOMENTOS ANTES DO CRIME

Em 12 de novembro de 2022, Kaylee fez sua última postagem no Instagram. Às 20h57 da noite, ela compartilhou algumas fotos posando ao lado de amigos — incluindo as vítimas —, em um local parecido com a varanda de uma casa. Na legenda do post, ela escreveu: "Uma garota de sorte por estar cercada por essas pessoas todos os dias".


Segundo a polícia, naquela mesma noite, Kaylee e Madison foram a um bar no centro da cidade de Moscow, entre às 22h00 e 01h30 da manhã. Enquanto isso, o casal Ethan e Xana foram a uma festa no campus da Universidade de Idaho.

Já no início do dia 13 de novembro, às 01h41, Kaylee e Madison são vistas em imagens compartilhadas no Twitch, serviço de streaming de vídeo ao vivo. Elas estavam conversando perto de um food truck.

Kaylee, Madison e Xana moravam na casa de três andares junto com outras duas meninas, Dylan Mortensen e Bethany Funke. Ethan estava lá somente de visita. Acredita-se que Ethan e Xana tenham voltado para casa por volta de 01h45, já Kaylee e Madison, teriam chegado por volta de 01h56. Dylan e Bethany, as sobreviventes do assassinato, também saíram naquela noite, mas chegaram em casa antes dos colegas, por volta da 01h00.


A DESCOBERTA

Dylan e Bethany acordaram no final da manhã e chamaram alguns amigos para a casa pois, acreditavam que uma das vítimas havia desmaiado. A primeira ligação para o serviço de emergência foi feita às 11h58 por uma das sobreviventes, que relatou que tinha alguém inconsciente na casa. Ao chegarem no local, os policiais se depararam com dois corpos no segundo andar, e os outros dois no terceiro andar da casa.

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O local do crime - (Getty Images)

A DIVULGAÇÃO

No mesmo dia, por volta das 14h00, a Universidade de Idaho emitiu um alerta comunicando os estudantes sobre o crime e pedindo para que eles se protegessem. No entanto, uma hora depois, o alerta foi cancelado. Isso porque, a polícia acreditava que o ataque teria sido direcionado e que não havia "um risco contínuo para a comunidade”.

Conforme a notícia começou a ser divulgada, familiares e amigos das vítimas começaram a criticar as falas contraditórias divulgadas pela polícia, universidade e pelo prefeito da cidade, que primeiro disse que o crime teria sido passional e depois voltou atrás dizendo que o motivo ainda era desconhecido.

No dia 16 de novembro, durante uma coletiva de imprensa, James Fry, o chefe da polícia de Moscow, revelou pela primeira vez que, durante o terrível ataque, havia duas colegas de quarto na casa, e que elas não foram feridas. Ele não contou qual das duas fez a ligação para a emergência, e nem o motivo dela ter sido feita quase oito horas depois do crime. Além disso, ele disse que o assassino ainda estava solto e recomendou que as pessoas ficassem atentas, afirmando que, diferente do que havia sido dito anteriormente, a comunidade ainda estava em risco.

Bryan Christopher Kohberger
(Getty Images)

OS ASSASSINATOS E A CAUSA DA MORTE

Segundo os policiais, as quatro vítimas foram esfaqueadas até a morte com uma faca de lâmina fixa, entre 03h00 e 04h00, no segundo e terceiro andares da casa, na madrugada do dia 13 de novembro.

Em 17 de novembro, foi confirmado em um comunicado à imprensa emitido pela legista do condado de Latah, Cathy Mabbutt, que os alunos foram mortos por homicídio por esfaqueamento.

Mabbutt contou que as vítimas foram - provavelmente - atacadas enquanto dormiam, com uma "faca muito grande", e descreveu o ataque como "pessoal". Além disso, revelou que haviam diversos cortes nos troncos das vítimas. Cathy também contou que, em 16 anos de carreira, nunca tinha visto nada assim.


AS SOBREVIVENTES

Em 18 de novembro, a polícia afirmou em um comunicado à imprensa que as sobreviventes, Dylan e Bethany, não estavam envolvidas no crime. No entanto, o chefe de polícia James Fry continuou se recusando a identificar qual das duas fez a ligação para a emergência no dia dos assassinatos.


STALKER?

Durante as investigações, diversos boatos de que Kaylee tinha um stalker começaram a surgir. Em 2022 de novembro, a polícia de Moscow afirmou que analisou "exaustivamente" as informações, mas não conseguiu identificar nenhum suspeito.


O SUSPEITO

Identificado como Bryan Christopher Kohberger, de 28 anos, o suspeito de assassinar brutalmente os quatro estudantes universitários de Idaho foi preso em 30 de dezembro. Bryan era aluno de criminologia da Universidade de Washington - algo que chocou a todos - e morava em uma cidade próxima onde o crime aconteceu.

As pistas se juntaram quando o DNA de Kohberger foi encontrado na bainha da faca que estava na cena do crime. Além disso, ele também era o dono do veículo branco que foi visto passando diversas vezes em frente a casa dos estudantes na madrugada dos assassinatos. Inclusive, por volta das 04h20, câmeras de segurança gravaram o carro saindo em alta velocidade, como se estivesse fugindo. O veículo também foi flagrado indo em direção à Universidade de Washington.

Após o celular do suspeito ser investigado pela polícia, foi descoberto que ele já havia feito 12 viagens de 22 de junho até novembro - mês em que ocorreu o crime - na frente da casa das vítimas, confirmando os boatos de que o suspeito poderia ser um stalker.

O suposto assassino também publicou uma pesquisa no Reddit pedindo informações para as pessoas para “entender como as emoções e os traços psicológicos influenciam a tomada de decisões ao cometer um crime”.

Também foi descoberto que Bryan seguia Madison e Kaylee nas redes sociais. Kaylee, sua maior obsessão, foi a mais ferida das vítimas, segundo a legista que cuidou do caso. A polícia ainda não revelou o motivo do crime e nem o porquê das colegas de quarto terem demorado tanto para ligar para a emergência. As autoridades também afirmaram que vão manter algumas informações em sigilo, para não prejudicar as investigações.

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Bryan Christopher Kohberger - (Getty Images)

REVELAÇÃO CHOCANTE

Uma revelação chocante — que deixou o caso ainda mais confuso — veio à tona recentemente quando uma das sobreviventes contou a polícia que, na noite do crime, viu o suspeito passar na frente dela. Segundo a colega de quarto, por volta das 04h00 da manhã, ela ouviu um barulho no andar de cima e uma voz dizendo: “Tem alguém aqui”. Ela então olhou para fora de seu quarto e não viu nada. Minutos depois, ouviu uma voz masculina chorando e dizendo: “Está tudo bem, vou te ajudar”.

Em seguida, a sobrevivente escutou um baque alta e um cachorro latindo, foi quando ela decidiu abrir a porta e viu um homem vestindo roupas pretas e máscara vindo em sua direção. Ela o descreveu com cerca de 1,70 de altura, corpo atlético, apesar de não musculoso, e com sobrancelhas espessas. Após avistá-lo, ela alega que ficou em estado de choque e que ele passou por ela sem se comunicar, em direção a porta dos fundos. Ela então se trancou em seu quarto.


BRYAN PARTICIPOU DE AULAS SOBRE O CASO

Em entrevista ao jornal Idaho Statesman, divulgada em 9 de janeiro, Ben Roberts, um colega de classe de Bryan Kohberger, revelou uma atitude suspeita do acusado de cometer o crime durante as aulas de pós-graduação da Universidade de Washington.

Segundo Roberts, Bryan falava bastante e sempre fazia comentários durante as aulas do curso de justiça criminal e criminologia, exceto quando se tratava do caso dos alunos assassinados em Idaho. “Bryan só falava sobre seu interesse em psicologia forense. (...) Ele se sentava bem no meio da sala, não se escondia no fundão. Ele era um aluno incrivelmente participativo e falava durante as aulas todas às vezes”, contou.

No entanto, quando o assunto de uma aula foi o crime cometido em Moscow, Ben conta que Bryan “ficou em completo silêncio”. Ao jornal, ele diz que essa atitude poderia ser um indicativo de culpa do suspeito.

Outro estudante que não quis se identificar, revelou ao Idaho Statesman que Bryan era grosseiro com “indivíduos da comunidade LGBTQIA+, pessoas de comunidades marginalizadas, com deficiências e mulheres”. Além disso, ele se declarava uma pessoa que acreditava no “casamento tradicional”.


CARACTERÍSTICAS PARECIDAS COM O SERIAL KILLER BTK

O famoso serial killer Dennis Rader, mais conhecido como BTK, disse ao TMZ em um novo e-mail que Bryan Kohberger compartilha algumas de suas características e que o crime cometido contra os alunos de Idaho é parecido com os brutais assassinatos de 1974, da família Otero, realizado por BTK.

"Quatro assassinos, muito parecido com os Oteros, esfaqueados de perto e pessoalmente", escreveu o serial killer. Embora tenha asfixiado os quatro membros da família Otero após amarrá-los em sua casa. Dennis também falou que Kohberger deixou DNA na cena do crime, assim como ele fez - propositalmente - no caso da família Otero.

BTK acredita que Bryan "pode ​​​​ter matado por ‘Fantasy Homicide’. O que eu fiz!". Disse o serial killer, referindo-se à sua confissão de que assassinou 10 pessoas por causa de suas fantasias sexuais.

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Serial killer BTK em 2005 - (Getty Images)

Aos 77 anos, Dennis Rader está cumprindo dez penas de prisão perpétua na Instituição Correcional El Dorado, no Kansas. Segundo o TMZ, o serial killer acha que Bryan estudou ele e seus crimes antes de cometer os assassinatos em Idaho.

Algo que faz sentido, levando em consideração que durante o mestrado pela DeSales University, Kohberger teve aulas com a conhecida professora e psicóloga forense Katherine Ramsland, autora de “Confession of a Serial Killer: The Untold Story of Dennis Rader, the Btk Killer”, livro sobre os crimes e confissões de BTK.


A BIZARRA HISTÓRIA DA IRMÃ DO SUSPEITO

Uma coincidência bizarra entre realidade e ficção chamou atenção no caso. Isso porque, Amanda Kohberger, a irmã de Bryan, estrelou um filme de terror em que estudantes também são mortos por um maníaco a facadas.

No longa de baixo orçamento intitulado Two Days Back, lançado em 2011, Amanda interpreta a personagem Lori. A coincidência chocou até mesmo Kevin Boon, o diretor do filme. “Você está brincando comigo, o irmão dela é aquele cara? Caramba, cara, caramba”, disse ele ao NY Post. Vale destacar que Amanda não tem nenhuma relação com o crime brutal pelo qual seu irmão é acusado.

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Amanda Kohberger, de blusa vermelha, com o elenco de Two Days Back - (Divulgação)

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