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Castelinho da Rua Apa: a verdadeira história por trás do “local assombrado” em São Paulo

Conheça detalhes do crime brutal que ocorreu no famoso endereço de São Paulo, o Castelinho da Rua Apa

@isabisordi Publicado em 27/07/2022, às 11h28

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Conheça detalhes do crime brutal que ocorreu no famoso castelinho na cidade de São Paulo - Crédito: Wikimedia Commons
Conheça detalhes do crime brutal que ocorreu no famoso castelinho na cidade de São Paulo - Crédito: Wikimedia Commons

Ao longo dos anos, diversos crimes chocaram o Brasil pela sua brutalidade. Até hoje, locais que foram palcos de acontecimentos bizarros são vistos pela população como mal-assombrados. Na cidade de São Paulo, uma emblemática construção que ganhou o título de mal-assombrada devido a um episódio terrível ocorrido na década de 1930: o Castelinho da Rua Apa.

Localizado na região central de São Paulo, na esquina da Rua Apa com a Avenida General Olímpio da Silveira, o “castelinho” é uma construção residencial de 1912, inspirada no estilo arquitetônico francês. O local foi construído pela família Dos Reis, composta pelo casal Virgílio Guimarães dos Reis, Maria Cândida Guimarães dos Reis e os dois filhos, Armando César dos Reis e Álvaro dos Reis. Até que, em maio de 1937, três membros da família foram encontrados mortos no Castelinho, ao lado da arma que tirou suas vidas.

Castelinho da Rua Apa: a verdadeira história por trás do “local assombrado” em São Paulo
Castelinho antigamente na cidade de São Paulo / Crédito: Divulgação

O CRIME

Os moradores eram uma família influente na cidade. Virgílio era dono do Broadway, cinema localizado na Avenida São João, e Maria Cândida era uma socialite religiosa. Álvaro, por sua vez, era advogado e apaixonado por patinação, enquanto Armando, também advogado, tinha uma personalidade bem diferente de seu irmão. E foram essas diferenças entre eles que, mais tarde, seriam consideradas o motivo para o crime que se seguiu.

No dia 12 de maio de 1937, Maria Cândida, de 73 anos, e seus dois filhos, Álvaro, de 45 anos, e Armando, de 43, foram encontrados mortos e, ao lado dos corpos, uma pistola automática Parabellum, de calibre 9. Segundo a versão oficial dada pelos policiais na época do crime, tudo começou por causa de uma briga entre os irmãos. Após a morte do pai, Álvaro queria fechar o cinema Broadway para instalar um rinque de patinação no local, e Armando não concordava com a mudança. Em meio a uma discussão, ambos apontaram armas um para o outro. Álvaro acabou disparando o tiro no seu irmão e na mãe, que entrou para apartar a briga. Em seguida, se suicidou.

Castelinho da Rua Apa: a verdadeira história por trás do “local assombrado” em São Paulo
Família Dos Reis com amigos na praia / Crédito: Divulgação

A história, no entanto, foi contestada pelos médicos-legistas, que afirmam que o autor dos disparos teria sido Armando, já que ele possuía pólvora em suas mãos. Para tornar o mistério ainda maior, os corpos foram encontrados todos lado a lado, o que não é uma posição típica de quem dispara uma arma e depois se suicida. Além disso, as balas encontradas na mãe são de um calibre diferente da arma encontrada no local do crime, e este outro revólver nunca foi encontrado. 

Os dois últimos pontos levantam uma forte teoria de que os crimes foram causados por uma quarta pessoa. Em 2015, Leda de Castro Kiehl, sobrinha neta de Maria Cândida, lançou o livro “O Crime do Castelinho: Mitos e Verdades”. Nesta obra, critica o laudo apresentado pela polícia na época e, ainda, reforça a ideia de que a chacina poderia ter sido encomendada. Hoje, 85 anos após o crime, o caso permanece sem respostas e sem solução.


O CASTELINHO NOS DIAS DE HOJE

Após a tragédia, o Castelinho ficou sem herdeiros e tornou-se patrimônio do Governo Federal. A partir dos anos 1950, a família de Otávio Manzaro mudou-se para o local, e lá ficaram até 1982. O Castelinho permaneceu abandonado por muito tempo, o que fez com que ganhasse fama de ser mal-assombrado e atraísse muitos olhares curiosos dos que passavam. Há quem diga, inclusive, já ter escutado gritos de espíritos por lá.

Castelinho da Rua Apa: a verdadeira história por trás do “local assombrado” em São Paulo
Castelinho deteriorado / Crédito: Wikimedia Commons

Em 10 de dezembro de 2004, foi tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP). Passou por uma restauração em 2015 e, hoje, seus direitos de uso foram concedidos à Organização não-governamental Clube de Mães do Brasil - cujo objetivo é acolher e incluir pessoas em situação de vulnerabilidade social.

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Castelinho nos dias de hoje / Crédito: Wikimedia Commons

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