Saudações ao novo disco de Lana Del Rey
@chboskyyy | Publicado em 22/10/2021, às 16h41
Lana Del Rey não estava mentindo quando afirmou que Blue Banisters seria o seu mais íntimo álbum até então. Após mais de dez anos desde a sua estreia no mainstream, com o ainda subestimado Born To Die, Del Rey segue mostrando o quão longe pode chegar, experimentar, renovar.
Na review de Norman Fucking Rockwell!, o NME escreveu que Lana segue mostrando ser uma das melhores compositoras de seu tempo. Um disco depois, Chemtrails over the Country Club, a afirmação permanece verdadeira.
O novo álbum da cantora estreia oficialmente nesta sexta-feira (22), após os singles Text Book, Wildflower Wildfire, Arcadia e o que dá nome ao disco. Além disso, há outras 11 faixas inéditas. Até o momento, Blue Banisters tem uma nota de 79 no Metacritc, site que elabora uma média a partir das mais diversas críticas publicadas. O número ainda pode subir ou descer.
Eis o que andam dizendo…
As afirmações de Del Rey de que este é seu álbum mais pessoal não são totalmente verdadeiras - é muito mais elíptico e misterioso do que parece à primeira vista.
Na maior parte Blue Banisters nos lembra que, para além das polêmicas nas redes sociais e reações adversas da imprensa, Del Rey continua tão boa como sempre foi.
Parece a maneira de Del Rey nos lembrar que ainda não sabemos tanto sobre ela quanto gostamos de pensar. Blue Banisters sugere, tentadoramente, que há muito mais a revelar, enquanto nos coloca firmemente em nosso lugar. Não se engane: Del Rey fará tudo estritamente em seus próprios termos.
Blue Banisters oferece uma emoção ainda mais gratificante: consegue entreter, entusiasmar e até mesmo surpreender - porque conhecemos bem Lana Del Rey e ainda há muito para descobrir.
Apesar da qualidade oscilante, Blue Banisters é uma soma importante à tradição de Lana. Conseguir ficar tão perplexa depois de uma década no jogo é uma grande conquista.
Blue Banisters está longe de ser o mais chamativo ou radio-friendly álbum de Del Rey, mas os fãs nunca obtiveram um trabalho autobiográfico tão cristalino da artista, que parecia gostar da distância de seus primeiros álbuns. Agora, ela se sente mais presente e muito mais próxima de sua música.
E aqui está o que @fernandasoares tem a dizer…
