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Morrissey critica homenagens à Sinéad O’ Connor: "Não tiveram coragem de defendê-la em vida"

"Você a elogia agora apenas porque é tarde demais", disse Morrissey

Rafaela Paiva | @rafaelapaiiva Publicado em 27/07/2023, às 12h17

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Morrissey critica homenagens à Sinéad O’ Connor: "Não tiveram coragem de defendê-la em vida" - Getty Images
Morrissey critica homenagens à Sinéad O’ Connor: "Não tiveram coragem de defendê-la em vida" - Getty Images

Após divulgação da notícia da morte da cantora Sinéad O'Connor, aos 56 anos, na última quarta-feira (26), Morrissey, famoso por ter liderado a lendária banda The Smiths, fez uma publicação em seu site oficial criticando a reação da imprensa, indústria da música e de algumas celebridades. 

Segundo o cantor, O'Connor não teve apoio enquanto ainda estava vida. "Ela foi dispensada por sua gravadora depois de vender 7 milhões de álbuns para eles. Ela ficou louca, sim, mas desinteressante, nunca. Ela não tinha feito nada de errado", escreveu o cantor de 64 anos. 

Ela tinha uma vulnerabilidade orgulhosa... e há um certo ódio na indústria da música por cantores que não 'se encaixam' (isso eu sei muito bem), e eles nunca são elogiados até a morte - quando, finalmente, eles não podem responder de volta".

"Você a elogia agora apenas porque é tarde demais. Vocês não tiveram coragem de defendê-la em vida e [ela] estava procurando por você", criticou. 

"A imprensa rotulará os artistas de pestes por causa do que eles retêm… e chamariam Sinéad de triste, gorda, chocante, louca," continuou Morrissey. "Ah, mas não hoje! CEOs da música que colocaram seu sorriso mais charmoso ao recusá-la para sua lista estão fazendo fila para chamá-la de 'ícone feminista', e celebridades de 15 minutos, duendes do inferno e gravadoras de diversidade artificialmente despertada estão se espremendo no Twitter."

Quando foi você quem convenceu Sinéad a desistir... porque ela se recusou a ser rotulada e foi degradada, como aqueles poucos que movem o mundo sempre são degradados."

Morrissey também comparou Sinéad a outras celebridades precocemente, como Marilyn Monroe e Amy Winehouse. "Por que alguém está surpreso que Sinead O'Connor está morta? Quem se importou o suficiente para salvar Judy Garland, Whitney Houston, Amy Winehouse, Marilyn Monroe, Billie Holiday? Para onde você vai quando a morte pode ser o melhor resultado? Essa loucura musical valeu a vida de Sinead? Não, não foi."

“Ela era um desafio, não podia ser encaixotada e tinha a coragem de falar quando todos os outros permaneciam em silêncio. Ela foi assediada simplesmente por ser ela mesma. Seus olhos finalmente se fecharam em busca de uma alma que ela pudesse chamar de sua", lamentou o artista. 

Nascida em Dublin em 8 de dezembro de 1966, Sinéad ganhou fama internacional em 1990 com o hit "Nothing Compares 2 U", eleito o single número um do mundo naquele ano pela Billboard Music Awards.

De acordo com a polícia inglesa, a cantora irlandesa foi encontrada inconsciente em sua casa em Londres antes de ser declarada morta. "A polícia foi chamada às 11h18 na quarta-feira, 26 de julho, para relatos de uma mulher inconsciente em um endereço residencial na área SE24", diz um comunicado oficial. 

A morte da artista não está sendo considerada suspeita e seu falecimento foi confirmado no próprio local. "Os parentes mais próximos foram notificados. A morte não está sendo tratada como suspeita. Um arquivo será preparado para o legista".

O'Connor, que enfrentou anos de batalhas por sua saúde mental, escreveu em sua página no Facebook no início deste mês que estava terminando um álbum a ser lançado no próximo ano. A artista também tinha planos de fazer uma turnê na Austrália e na Nova Zelândia em 2024 e na Europa, Estados Unidos e outros territórios em 2025.


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