Trinta e oito mulheres entraram com um processo nesta segunda-feira (5), contra o diretor James Toback. Saiba mais!
@nicolybastos_| Publicado em 06/12/2022, às 11h30
Trinta e oito mulheres entraram com um processo nesta segunda-feira (5) contra o diretor James Toback, que estreou na direção em 1978 com o longa Fingers, acusando o cineasta de usar sua influência na indústria do entretenimento para atrair e abusar sexualmente, agredir ou espancar, ao longo de quatro décadas.
O processo, que foi aberto em um tribunal do estado de Nova York, ocorre cinco anos depois que a maioria das mulheres tornou as alegações públicas pela primeira vez por meio de entrevistas ao The Los Angeles Times, durante a explosão do movimento #MeToo (quando as acusações contra o magnata do cinema Harvey Weinstein também saiu, lembra?).
James Toback negou as acusações na época. De acordo com as alegações, o diretor, que foi indicado ao Oscar em 1991 pelo filme Bugsy, usou uma estratégia repetida para atingir potencialmente centenas de vítimas.
"O réu Toback alvejou mulheres jovens usando o mesmo ardil repetidas vezes com centenas de vítimas, muitas vezes usando as mesmas linhas, facilitadores e locais onde ele foi capaz de perpetrar seu abuso contra mulheres jovens inocentes, por décadas", diz o processo.
Bradley Beckworth, advogado das mulheres, disse ao portal Insider que está ciente de mais mulheres que não estão envolvidas no processo.
“Acho que conforme as pessoas leem isso e aprendem mais sobre o que aconteceu, nossa esperança é que as mulheres descubram que não estavam sozinhas”, disse ele. "Quando um abuso como esse acontece, pode ser muito isolador, deprimente, assustador".
O processo alegou que parte de sua rotina incluía rondar as ruas de Manhattan para abordar "jovens inocentes" sob o disfarce de possíveis papéis no cinema.
De acordo com os documentos do tribunal, Toback usou sua associação para atrair as mulheres, trouxe-as para as instalações do Harvard Club, onde as oferecia refeições e bebidas, e as atacou na "sala de jantar, escadas, banheiros e quartos de hotel" pertencentes ao clube.
O processo está acusando o clube de "negligência grosseira e outras condutas ilegais" que permitiram a Toback manter sua associação e usar suas instalações.
Irene Reidy, chefe de comunicações do clube, disse ao Insider que a associação de Toback foi encerrada em 2017.
"Além disso, o Harvard Club não comenta litígios pendentes", disse ela.
