Autobriografia de Steven Spielberg e sua família, Os Fabelmans, estreia nesta quinta-feira (12)!
@nicolybastos_| Publicado em 12/01/2023, às 18h00
O novo filme semi-autobiográfico de Steven Spielberg, Os Fabelmans, possui muitos elementos de fato, biográficos: um menino judeu, Sammy Fabelman, se apaixona por filmes depois de assistir a um acidente de trem no drama de Cecil B. DeMille (1952) The Greatest Show On Earth. Depois de se mudar com sua família para a Califórnia, ele se torna alvo de valentões anti-semitas no ensino médio. Ele ainda é incapaz de escapar da sombra de seu pai brilhante, mas distante, imaginando se algum dia fará algo por si mesmo.
Mas outros eventos - como quando sua mãe adota um macaco de estimação - estão um pouco mais, digamos, duvidosos.
Pensando nisso, HFTV separou um guia com o que é mito e o que é fato na obra. Olha só:
Sim. No filme, Mitzi (Michelle Williams) se apaixona pelo melhor amigo de seu marido, Bennie (Seth Rogen). Na vida real, Leah Adler, trocou o marido, Arnold Spielberg, por um de seus melhores amigos, um homem chamado Bernie Adler. Os Spielbergs se divorciaram em 1966.
Durante anos, o diretor acreditou que era seu pai quem havia deixado sua mãe. “Achei que se fosse eu poderia machucar menos do que ela”, disse Arnold Spielberg no documentário da HBO de 2017 “Spielberg”, explicando por que ele e Leah decidiram que ele assumiria a culpa. “Eu ainda a amava.” Leah e Bernie Adler se casaram em 1967.
Sim. Spielberg disse ao co-chefe de crítica de cinema do The New York Times,A.O. Scott em uma entrevista recente que o momento dramático de revelação retratado na tela realmente aconteceu. “Acho que foi uma das coisas mais difíceis que tive que sentar e decidir expor, porque era o segredo mais poderoso que minha mãe e eu compartilhamos desde minha descoberta, quando eu tinha 16 anos”, disse ele a Scott.
Por mais difícil que seja acreditar, sim. Antes de morrer aos 97 anos em 2017, Leah Adler disse no documentário da HBO que estava visitando uma loja de animais em Phoenix quando viu um macaco que estava deprimido depois de ser separado de sua mãe. Ela o trouxe para casa em uma gaiola na parte de trás de seu jipe e - assim como Mitzi no filme - o adotou como animal de estimação para seus quatro filhos.
“Foi uma grande distração, mas também foi uma companhia terapêutica para minha mãe, que estava realmente passando por uma grande depressão naquele momento de nossas vidas”, disse Spielberg ao The Hollywood Reporter no início de janeiro.
Sim. Ela aprendeu a tocar piano aos 5 anos e mais tarde estudou no Music Conservatory em Cincinnati. Como Mitzi, ela colocou sua carreira em stand by para criar uma família.
Embora ele possa não ter sido o único, ele foi definitivamente um dos poucos. “Eu me sentia o único judeu no ensino médio”, disse ele em entrevista à editora Behrman House. “Eu simplesmente queria negar ser judeu. Eu tinha vergonha porque morava numa rua onde, no Natal, éramos a única casa com apenas uma luz na varanda acesa”.
Como em “The Fabelmans”, ele foi intimidado por dois colegas do sexo masculino depois de se mudar para a Califórnia no último ano. “Fui espancado e chutado. Dois narizes sangrando. Foi horrível”, disse ele ao The New York Times, em 1993.
Não está claro. A namorada de Sammy no filme, Monica Sherwood (Chloe East), tenta convertê-lo de várias maneiras, até mesmo uma vez instruindo Sammy a tentar “inalar” Cristo antes de uma apaixonada sessão de amassos. O Los Angeles Times disse que ela foi baseada em uma garota que Spielberg namorou na sétima série, mas o próprio diretor não mencionou isso.
Definitivamente. Spielberg disse no Festival Internacional de Cinema de Toronto que o encontro com Ford, quando ele tinha 15 anos, ocorreu exatamente como aparece no filme, "palavra por palavra, nada mais, nada menos" - incluindo as marcas de beijo cobrindo o rosto de Ford.
Sim, mas não pelo que aconteceu com seus pais: Spielberg, de 16 anos, teve uma crise de confiança depois de ver o épico “Lawrence da Arábia”, de David Lean.
“Quando o filme acabou, eu queria não ser mais um diretor”, disse ele no documentário da HBO, “porque o nível era muito alto".
