Hollywood Forever TV
Busca
Twitter Hollywood Forever TVYoutube Hollywood Forever TVInstagram Hollywood Forever TV

Lana antes de Del Rey | Quem foi Lizzy Grant?

Quem foi Lizzy Grant, a artista que veio antes de Lana del Rey?

Redação Publicado em 03/10/2022, às 14h19

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Quem foi Lizzy Grant, a artista que veio antes de Lana Del Rey? - Reprodução
Quem foi Lizzy Grant, a artista que veio antes de Lana Del Rey? - Reprodução

Você deve conhecer Lana Del Rey como uma das principais cantoras e compositoras de sua geração, responsável por hits mundiais como Summertime Sadness, High By the Beach e Young and Beautiful. No entanto, quem vê Lana trazendo conceitos únicos e o glamour dos anos 50 e 60, não imagina os perrengues e aventuras que Elizabeth Woolridge Grant, a garota por trás da Lana, viveu para conseguir alcançar o estrelato.

Nascida e criada no estado de Nova York, Lizzy encontrou afinidade com a música e chegou a participar do coral de sua igreja, encorajada pela mãe. Durante a adolescência, Elizabeth começou a escrever histórias de romance e poesia, sempre influenciada pela tragédia que existe por trás de tais sentimentos.

Ainda com a ideia de ser uma escritora torturada pelos meios em que vivia, Lizzy começou a beber cedo e logo foi encaminhada para um colégio interno e conservador, numa tentativa de sua família de “colocá-la na linha”. Deu certo e, com dezoito anos, ao se formar, Lizzy estava sóbria.

Apesar de aceita na universidade de Fordham, Elizabeth decidiu mudar-se para Long Island para morar com os tios e foi ali que sua paixão pela música floresceu, apesar dos estudos em filosofia. Lá, ela fez trabalhos voluntários em centros de reabilitação e de ajuda para pessoas em situação de rua, e conseguiu um emprego como garçonete; anos depois, escreveria sobre essa experiência em White Dress, música de Chemtrails over the Country Club

Então, seu tio lhe ensinou a tocar violão. Grant decorou quatro acordes e, com eles, decidiu começar a escrever o máximo de canções que conseguia. Elas foram registradas no pseudônimo May Jailer e estão em um EP chamado Sirens, lançado em 2005. As músicas seguem a história de uma musa chamada K, transitando em suas filosofias sobre o amor e a vida. É incerto se o EP foi realmente lançado, no entanto, ele foi vazado em 2016.

Quando voltou para sua terra natal, Lizzy não tinha uma residência física, portanto, vivia indo de sofá em sofá, dormindo na casa de namorados e amigas. Ela passou longos anos nesta posição até que, em 2007, participou de um concurso no Brooklyn. Um dos juízes era Van Wilson, dono de uma gravadora independente. Ela ganhou e assinou um contrato de 50 mil dólares.

De acordo com Grant, suas músicas foram feitas para soar “famosas, Coney Island e como uma festa triste”, afinal, ela usava termos e frases que ouviu durante a vida inteira. Sua voz se tornou mais rouca e ela começou a investir na estética inspirada nos anos 1950. Durante esse tempo, começou a fazer pequenas performances para executivos de Wall Street e combater o seu medo do palco. Foi então que ela lançou o álbum Kill Kill que, apesar de não ser um grande sucesso, catapultou seu nome em escala regional.

Foi em 2010 que Lizzy finalmente se tornou Lana Del Rey. De acordo com o produtor David Kahne...

Ela tem a cabeça forte e sabe o que quer. Ela queria ser conhecida como Lana Del Rey bem cedo; era o seu nome, ela que inventou. Eu achei meio cafona porque ela era uma linda compositora chamada Lizzy Grant, que era um nome lindo. Mas ela queria criar essa criatura, a Lana Del Rey.

Grant eventualmente garantiu os direitos de Kill Kill, removeu todo o trabalho de qualquer plataforma digital e continuou escrevendo suas músicas e as soltando no YouTube. Isso até o lançamento de Video Games, que, por fim, seria o single de seu primeiro álbum com a gravadora Interscope, Born to Die, que a tornaria conhecida pelo mainstream.

A história de Lizzy Grant e Lana Del Rey se confunde entre a arte e a vida de uma garota que, desde sempre, amava contar histórias. A linha tênue que separa artista e obra já não é mais completamente visível. Com uma trajetória tão rica e autêntica, Lana e Lizzy se tornaram uma e nós, que cultivamos admiração por ambas, não poderíamos ficar mais honrados por termos a oportunidade de assistirmos, em tempo real, história da música sendo feita.


HFTV NAS REDES SOCIAIS 👇

YOUTUBE | INSTAGRAM | TWITTER | FACEBOOK | PODCAST | NEWSLETTER

Receba o melhor do nosso conteúdo em seu e-mail

Cadastre-se, é grátis!