Dave Grohl, ex-Nirvana e vocalista do Foo Fighters, escreveu a música para dizer suas primeiras impressões sobre seus ex-companheiros de banda, Kurt Cobain e Krist Novoselic
Rafaela Bertolini | @rafaelabertolini_ Publicado em 06/06/2023, às 18h00
Mesmo com pouco tempo de atividade e apenas três álbuns de estúdio lançados, o Nirvana foi uma das maiores bandas dos anos 90. Formada por Kurt Cobain, Dave Grohl e Krist Novoselic, a banda teve um sucesso estrondoso com o disco Nevermind, que contém faixas de sucesso como "Smells Like Teen Spirit" e "Come As You Are".
Contudo, a morte do vocalista Kurt Cobain em 5 de maio de 1994 por suicídio fez com que o Nirvana chegasse ao seu fim repentino. Dave Grohl, baterista do grupo, quase largou da música após a morte do amigo, até que um curto projeto de estúdio fez com que ele se conectasse novamente com a música. As pessoas gostaram tanto desse projeto que ele se tornou o que hoje conhecemos como Foo Fighters.
Por anos, Grohl foi questionado sobre letras de músicas, onde vários queriam saber se elas faziam alguma referência para Kurt Cobain e seus tempos no Nirvana. Isso sempre incomodou o frontman do Foo Fighters, que sempre é muito cuidadoso para falar do seu passado em público.
Isso não quer dizer que o músico nunca fez uma música sobre seus anos no Nirvana. A faixa "Friend of a Friend", do álbum de 2005 In Your Honor, retorna aos anos 90 e conta sobre as primeiras impressões de Grohl sobre Cobain e Novoselic. Uma demo acústica foi produzida naqueles tempos, mas a música só chegou ao público uma década após o fim do Nirvana.
Confira a canção:
A canção "Walk", do álbum Wasting Line (2011), não foi inspirada em Cobain, e sim na maneira que Dave Grohl se sentiu no dia 6 de maio de 1994 - a data seguinte do dia da morte do vocalista do Nirvana. Grohl não canta diretamente sobre seu amigo, mas sim sobre o sentimento de acordar em um mundo em que seu amigo não está mais presente.
Em entrevista para a Rolling Stone, o músico comentou um pouco mais sobre a sua inspiração para a faixa:
Acordar naquele dia e perceber, ‘Ah, merda, ele não está mais aqui. Eu estou. Eu consigo acordar e ele não. Estou fazendo uma xícara de café e ele não pode. Vou ligar o rádio e ele não vai’, foi uma grande revelação para mim. Eu só pensava, ‘Não quero que ninguém se sinta do jeito que me senti naquela manhã'."
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