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"Dez dias num hospício": a história de Nellie Bly, jornalista que esteve em uma instituição psiquiátrica

Conheça a história da jornalista investigativa que topou virar paciente para fazer uma matéria sobre a instituição

@isabisordi Publicado em 31/01/2023, às 20h00

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"Dez dias num hospício": a história de Nellie Bly, jornalista que esteve em uma instituição psiquiátrica - Getty Images/Amazon
"Dez dias num hospício": a história de Nellie Bly, jornalista que esteve em uma instituição psiquiátrica - Getty Images/Amazon

Nascida em 5 de maio de 1864, na Pensilvânia, Estados Unidos, Elizabeth Jane Cochran - mais conhecida pelo seu pseudônimo, Nellie Bly - foi uma jornalista investigativa que, aos 23 anos, aceitou passar dez dias internada em um manicômio para descobrir detalhes do que se passava no local. Tal fato rendeu uma série de reportagens sobre a instituição, além de um enorme reconhecimento profissional.

“Dez dias num hospício”: a história de Nellie Bly, jornalista que esteve em uma instituição psiquiátrica
Nellie Bly / Crédito: Getty Images

A saga de Nellie

A carreira de Nellie como jornalista iniciou-se em meados de 1880, quando se mudou para Pittsburgh. Em setembro de 1887, demitiu-se do seu emprego no jornal Pittsburgh Dispatch e foi morar em Nova York. Lá, procurou um emprego no jornal New York World, que pertencia a Joseph Pulitzer, e aceitou trabalhar como repórter investigativa disfarçada. Sua primeira missão seria ser internada no hospital psiquiátrico para mulheres da Ilha Blackwell, para denunciar as negligências com pacientes. Para que isso fosse possível, Bly realizou um plano perfeito.

Após praticar um “olhar fixo e distante” em frente ao espelho, a jornalista se hospedou em uma pensão para mulheres. Enquanto estava lá, começou a agir de maneira estranha e assustar outras mulheres, mas tudo não passava de uma encenação para que a polícia fosse chamada. Quando foi levada para a corte no dia seguinte, alegou se chamar Nellie Brown, morar em Cuba e não se lembrar de nada que tinha acontecido anteriormente. Diante de seu comportamento considerado “insano” pelos médicos e pelo juiz, foi encaminhada para internação na instituição psiquiátrica. A partir de então, durante os dez dias em que passou no local, presenciou uma série de atrocidades contra as pacientes.


Denúncias de maus-tratos

Ao ser internada no hospital, Nellie pode vivenciar diversos maus-tratos por parte da instituição, incluindo abusos físicos e psicológicos. As pacientes eram obrigadas a tomar banho gelado mesmo em temperaturas abaixo de zero, e muitas delas compartilhavam a mesma toalha; a higiene do ambiente era totalmente insalubre, com esgoto no refeitório e na cozinha, e ratos nos corredores dos quartos; as refeições eram estragadas; pacientes eram amarradas umas às outras. Além disso, eram espancadas por profissionais do local e viviam sob efeito de remédios.

Conversando com algumas pacientes, Bly pode entender que, assim como ela, muitas pacientes não tinham nenhum tipo de transtorno mental. Na época, mulheres imigrantes ou de classes menos favorecidas acabavam sendo rejeitadas e mandadas para a instituição. Estrangeiras que não tinham grande conhecimento da língua inglesa, inclusive, eram levadas sem conseguirem se comunicar com alguém. Segundo os relatos da própria jornalista, os abusos vinham de todos os lados, e duvidavam de sua sanidade o tempo inteiro. “O hospício de Blackwell’s é uma ratoeira humana. É fácil entrar, mas, uma vez lá, é impossível sair”.


O livro

Depois de dez dias, Nellie Bly foi retirada da instituição por advogados do jornal. A partir de 9 de outubro de 1887, passou a publicar uma série de reportagens denunciando todas as negligências do local. Seus relatos renderam uma investigação e reformas que melhorassem as condições das pacientes.

Além de todo o prestígio como uma das primeiras jornalistas investigativas da história, Bly escreveu o livro “Dez dias no hospício” a partir de suas vivências naquele terrível local, com detalhes de tudo o que viu e viveu por lá. No Brasil, o livro conta com uma nova versão da Editora Fósforo, organizada por Rita Mattar, e que pode ser encontrada na Amazon. Se você se interessa pelo assunto, não deixe de garantir o seu exemplar!

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“Dez dias num hospício”: a história de Nellie Bly, jornalista que esteve em uma instituição psiquiátrica
Reprodução/Amazon

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