O casamento de Lady Di foi o verdadeiro momento nos anos 80. Agora, 40 anos depois, destrinchamos detalhes e segredos do casório mais famoso do mundo
@nicolybastos_ | Publicado em 16/08/2022, às 17h25
O casamento do príncipe Charles e da princesa Diana em 29 de julho de 1981 foi saudado como o "casamento do século" e por boas razões. O luxuoso evento, que aconteceu na Catedral de St. Paul, em Londres, custou cerca de US$ 48 milhões (cerca de US$ 156 milhões hoje, quando ajustado pela inflação). As núpcias foram assistidas por um recorde de 750 milhões de pessoas em 74 países ao redor do mundo. O evento também foi responsável por marcar a primeira vez que um cidadão britânico se casou com um herdeiro do trono em 300 anos.
Diana, que encontrou com Charles apenas 13 vezes antes de se casar com ele, de acordo com uma série de fitas privadas que foram gravadas em 1992 com seu treinador de voz, Peter Settelen, mais tarde relembraria seu grande dia de forma um pouco diferente, chamando-o de "pior dia" da vida dela." "Se eu pudesse escrever meu próprio roteiro, meu marido iria embora com [Camilla Parker Bowles] e nunca mais voltasse", disse ela nas fitas, que foram ao ar em um documentário de 2017 intitulado Diana: In Her Own Words.
Embora o casal tenha se divorciado em 1996, apenas um ano antes da morte prematura de Diana por um acidente de carro, o dia do casamento vive na infâmia para sempre. Agora 40 anos depois.
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Confira!
Depois de uma hora de ensaio das núpcias no local do casamento, em Londres, o casal dançou em um baile de gala oferecido pela rainha Elizabeth II no Palácio de Buckingham duas noites antes do casamento, junto com os 1.400 familiares e convidados presentes.
Seguiu-se um jantar reduzido para 90 pessoas, após o qual o grupo se separou. A maior queima de fogos do país em mais de dois séculos também foi realizada na véspera do casamento, atraindo centenas de milhares de pessoas ao Hyde Park, incluindo o príncipe Charles, que estava presente para acender a primeira fogueira. O show foi acompanhado por música de 250 músicos, que tocaram a música "The Royal Fireworks" de George Handel.
A astróloga Penny Thornton, afirmou em um documentário da ITV que o noivo acabou tendo uma confissão desagradável para sua futura noiva. "Uma das coisas mais chocantes que Diana me disse foi que na noite anterior ao casamento é que Charles disse a ela que não a amava", disse Thornton. "Acho que Charles não queria entrar no casamento com uma premissa falsa. Ele queria acertar as coisas com ela, e isso foi devastador para Diana."
O local do casório marcou o primeiro evento real a ser realizado lá desde 1501. Além de seus enormes assentos (St. Paul's comporta 3.500 convidados), o príncipe Charles deu alguns detalhes sobre a escolha do lugar enquanto falava com redes de televisão britânicas.
De acordo com ele, a catedral foi escolhida em partes por sua acústica "espetacular", que ele achava que proporcionaria aos hóspedes um som "comovente, dramático e barulhento". "Se você tem algo bastante quieto, você começa a ouvir seus tornozelos estalando, você sabe o que quero dizer?" Além disso, ele teria raciocinado que havia espaço para uma orquestra, um coro mundialmente famoso e era "mais bonito" que a Abadia de Westminster.
Entre os 3.500 que compareceram às núpcias do casal estavam muitos líderes mundiais, incluindo a princesa Grace Kelly de Mônaco, Nancy Reagan, a primeira-ministra Margaret Thatcher, os pais do príncipe, a rainha Elizabeth II e o príncipe Philip e a princesa Anne e Mark Philips, para citar alguns. Também estava presente a atual esposa do príncipe Charles, Camilla Parker Bowles, embora ela não tenha sido convidada para o café da manhã de casamento mais íntimo do casal.
De acordo ainda com os diários publicados do falecido jornalista Kenneth Rose, a princesa de Gales "Riscou toda a família que não se preocupou em ir aos casamentos de suas irmãs!" Ele acrescentou: 'Um dia ela será muito formidável'.
O vestido da princesa Diana, produzido no espaço de três meses, foi feito com tafetá de seda marfim tingido e tecido de marfim (em vez de branco puro) e decorado com bordados à mão, com nada menos que 10.000 micropérolas. Embora sua enorme cauda de 25 pés de comprimento fosse sem dúvida sua característica definidora, também apresentava mangas bufantes, um colar de babados e um lindo acabamento de renda, que veio de um saco de sucatas que foi adquirido pelos designers David e Elizabeth Emanuel em leilão.
Acontece que os retalhos também tinham uma história real, pois um especialista reconheceu a renda antiga do corpete do vestido do reinado da rainha Mary - a bisavó do príncipe Charles. "Era tudo sobre drama e fazer de Diana uma princesa de conto de fadas", explicou a estilista Elizabeth Emanuel à Vogue britânica. “O vestido era típico do estilo do início dos anos 80 – exagerado, romântico, com babados – mas tivemos que acertar porque sabíamos que ficaria na história”.
Também foi completamente criação dos designers. “Não havia burocracia, não havia limitações” do palácio”, disse David ao E! News.
Com tanto interesse no vestido de noiva da noiva, os designers Elizabeth e David Emanuel prepararam um segundo vestido para o caso de o original vazar antes do previsto. "Na época, queríamos ter certeza absoluta de que o vestido era uma surpresa", disse Elizabeth à PEOPLE em 2011.
Como seus designers de vestidos, o florista da princesa Diana foi preparada para o caso de um desastre, fazendo não um, mas dois buquês de gardênias, orquídea odontolglossum, lírio do vale, rosas Earl Mountbatten, frésia, verônica, hera, murta e trasdescantia. Socorro! O florista David Longman disse ao Express que depois que a rainha Elizabeth perdeu as flores durante seu próprio casamento, ela iniciou a tradição de fazer dois buquês idênticos para evitar um acidente semelhante.
"Fizemos dois buquês", revelou. "O primeiro teve que ser entregue às 8 horas no Palácio de Buckingham", disse ele. "Tínhamos um motociclista de escolta policial que nos levou por toda a cidade até o Palácio. Depois voltamos, e a essa altura já tinham terminado o segundo buquê e voltamos de novo".
A festa de casamento do casal real foi composta por dois pajens (Lord Nicholas Windsor e Edward van Cutsem) e cinco damas de honra, incluindo a sobrinha de Diana, Lady Sarah Armstrong-Jones (agora Chatto), a ex-aluna favorita de Diana, Clementine Hambro, afilhada de Charles, Índia Hicks, Catherine Cameron e Sarah-Jane Gaselee.
"Cada dama de honra foi escolhida por motivos pessoais da noiva e do noivo", Hicks explicaria mais tarde à Harper's Bazaar. De acordo com o livro de Penny Junor, The Duchess: Camila Parker Bowles and the Love Affair That Rocked the Crown, o filho de Parker Bowles, Tom Parker Bowles, que é afilhado de Charles, foi vetado da festa de casamento por Diana.
"Ela concordou com vários de seus outros afilhados, mas houve uma grande cena sobre Tom Parker Bowles e Charles recuando", afirmou o livro. As atendentes de noivas vestiam trajes semelhantes a Diana, com cetim tafetá, guarnição de renda e faixas amarelas. Hambro, então com 5 anos, e Cameron, 6, eram os mais novos do grupo, e também usavam coroas de flores para combinar com seus buquês.
Diana caminhou pelo corredor de braço dado com seu pai, o conde Edward John Spencer, apesar da instabilidade que ele enfrentou por causa de um derrame sofrido três anos antes. Embora fosse Charles quem estava interessado em que a música fosse uma grande parte de suas núpcias ("Sempre desejei ter um casamento musical", disse ele em entrevista para o Washington Post), tanto a noiva quanto o noivo selecionaram as trilhas para sua cerimônia.
Dele, Pomp and Circumstance, de Elgar, e o hino Christ Has Made the Sure Foundation, que o príncipe disse ter escolhido por causa de sua "melodia maravilhosa". Quanto a Diana, ela escolheu "I Vow to thee My Country", que disse que sempre foi a favorita dela "desde os tempos de escola".
A princesa de Gales ainda rompeu com a tradição quando decidiu deixar a palavra "obedecer" fora de seus votos ao príncipe Charles. "Lady Diana escolheu seguir o novo ritual da Igreja da Inglaterra, e ela prometerá na cerimônia na Catedral de São Paulo apenas 'amá-lo, confortá-lo, honrá-lo e mantê-lo, na doença e na saúde', informou o New York Times antes do casamento do casal.
"Assim que o bolo foi cortado, Diana, suas irmãs, Sarah, as damas de honra mais jovens e eu subimos para ajudá-la a mudar para sua roupa de despedida rosa, desenhada por David Sassoon de Bellville Sassoon", lembrou Hicks à Harper's Bazaar, acrescentando: "O clima era feminino e risonho".
O autor britânico disse que a noiva também lhes deu um doce presente de despedida. "Diana nos agradeceu e deu a cada um beijo e um presente: uma linda caixa de porcelana Halcyon Days com borda dourada. Dentro havia dois bichos-da-seda que fiaram a seda para seu vestido de noiva." De lá, ela se despediu do resto de seus convidados e subiu em uma carruagem landau aberta, que os irmãos do príncipe Charles, o príncipe Andrew e o príncipe Edward, decoraram com uma placa de "recém-casados".
