A amizade entre Paul McCartney rendeu hits do pop, mas também uma desavença lembrada até hoje!
“Era Natal e eu estava em casa, quando o telefone tocou e uma vozinha falou comigo. Eu perguntei quem era, tentando proteger minha privacidade. ‘É o Michael’!, ele disse. Achei meio esquisito, mas ele continuou, ‘Michael Jackson’!. Depois me perguntou: ‘Quer fazer alguns hits’? E eu respondi: sim, claro!”, contou Paul McCartneydurante entrevista ao apresentador David Letterman, do programa The Late Show.
O ano era 1982 e Michael Jackson trabalhava no icônico álbum Thriller. Foi nessa época que ele decidiu chamar Paul McCartney para colaborar no projeto que rendeu as aclamadas e memoráveis The Girl Is Mine e Say Say Say, sendo a segunda, parte do álbum Pipes of Peace do ex-Beatle, no ano seguinte.
O sucesso das faixas foi muito grande, o que acabou rendendo uma forte e imbatível amizade do pop, bastante enaltecida na época. Os dois começaram a se mostrar muito próximos, estando sempre juntos, mas foi em uma de suas várias conversas de amigos que as coisas começaram a desandar - o que culminaria em uma ação desonesta de uma das partes da amizade.
Segundo apontam algumas fontes, Paul teria explicado a Michael a importância e os benefícios de possuir os direitos autorais das próprias composições. O que vem a seguir, no entanto, revoltou McCartney: em 1985, a coleção de composições Lennon-McCartney foi a leilão e Jackson acabou comprando todo o catálogo dos Beatles, por uma quantia de 47,5 milhões de dólares.
Daquele momento em diante, Michael Jackson possuiu todas as músicas que os Beatles escreveram até sua separação, em 1970. McCartney considerou a compra do amigo como “desonesta” e foi aí que a amizade deles ruiu.
Em 2006, McCartney revelou ao New York Post que tinha ressentimentos de Jackson pela fortuna que as músicas creditadas a Lennon-McCartney lhe trouxeram.
Enviei algumas cartas a Jackson. E eu escrevi: ‘Michael, você não acha que, depois de 30 anos sendo razoavelmente bem-sucedido, eu não posso ganhar um aumento?‘”
Michael Jackson teria respondido com um breve “são apenas negócios”, nunca mais retornando ao assunto. Por fim, foi quando o rei do pop decidiu vender 50% do catálogo para a gravadora Sony, por 95 milhões de dólares (cerca de 184 milhões de reais), que Paul conseguiu recuperar algumas canções. O restante, ele ainda precisa pagar se quiser apresentar.
Joe Jackson, pai de Michael Jackson, afirmou tempos depois que “A única razão para Michael comprar o catálogo era porque estava à venda. Paul McCartney e Yoko poderiam ter comprado, mas não quiseram”. Eita!
Apesar de tudo, o ex-Beatle não parece guardar ressentimento do ex-amigo. Em 2009, logo depois da morte de Michael Jackson, ele falou ao The Late Show sobre o rei do pop: “Ele era um homem encantador e muito talentoso, sinto falta dele”.
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