Bruce Willis e Shelley Duvall receberam duras indicações no Framboesa de Ouro, que voltou atrás da decisão
O Framboesa de Ouro, responsável por eleger os "piores do ano" rescindiu um prêmio recente destacando a “pior atuação” de Bruce Willis, após o anúncio de sua família de que ele foi diagnosticado com afasia e está se aposentando da atuação. Os organizadores também aproveitaram para retirar a indicação de Shelley Duvall, por seu grande papel em O Iluminado.
"Depois de muita reflexão e consideração, os organizadores tomaram a decisão de rescindir o Prêmio dado a Bruce Willis, devido ao seu diagnóstico recentemente divulgado", disseram os cofundadores do Framboesa de Ouro, John J.B. Wilson e Mo Murphy, em comunicado. “Se a condição médica de alguém é um fator em sua tomada de decisão e/ou em seu desempenho, reconhecemos que não é apropriado dar-lhe um prêmio desse”.
Além disso, foi revogado a indicação de Shelley Duvall por sua atuação em O Iluminado, citando "circunstâncias atenuantes" e o "tratamento dela durante toda a produção" do diretor Stanley Kubrick.
Vale lembrar que os organizadores do prêmio dedicaram uma categoria inteira a Willis na edição deste ano, nomeando oito filmes para a categoria exclusiva de Pior Performance de Bruce Willis. Tenso!
A família de Willis revelou que ele foi diagnosticado com afasia, uma condição causada por danos em uma parte específica do cérebro que controla a expressão e a compreensão da linguagem, e que ele estaria "se afastando" da atuação.
Vários cineastas que trabalharam com Willis nos últimos anos também disseram ao Los Angeles Times que observaram o ator com dificuldades no set. Enquanto colegas de elenco, colaboradores, amigos e fãs manifestaram publicamente seu apoio a Willis, a galera do Framboesa de Ouro foi duramente criticada pelo foco no ator.
Quanto à Shelley, ela falou ao The Hollywood Reporter sobre seu papel no filme icônico em entrevista no ano passado.
"Trinta e cinco tomadas, correndo e chorando e carregando um garotinho, fica difícil. E performance completa desde o primeiro ensaio. Isso é difícil." Ela acrescentou: "Depois de um tempo, seu corpo se rebela. Ele diz: 'Pare de fazer isso comigo. Não quero chorar todos os dias.' E às vezes só esse pensamento me fazia chorar. Acordar em uma manhã de segunda-feira, tão cedo, e perceber que você tinha que chorar o dia todo porque estava programado - eu simplesmente começava a chorar."
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