"Isso é política para mim. Isto é minha vida. [...] Tudo o que ele precisa fazer é ser branco e heterossexual", disse Porter
Em 2020, Harry Styles estampava a capa da Vogue com um vestido e refletia sobre a liberdade de "se divertir com as roupas". Desde então, o artista já foi aclamado diversas vezes pelos looks que escolhe para performances e red carpets. Porém, Billy Porter resolveu questionar o papel que o cantor representa na moda não binária - quando peças tradicionalmente femininas e masculinas são usadas independente do gênero.
Em entrevista ao Sunday Times Style, Porter criticou a forma como Styles recebeu créditos por ser pioneiro deste estilo após estampar a Vogue. “EU, pessoalmente, mudei todo o jogo. E isso não é ego, é apenas um fato. Eu fui o primeiro a fazer isso e agora todo mundo está fazendo", disse.
“Sinto que a indústria da moda me aceitou porque foi obrigada. Não estou necessariamente convencido e aqui está o porquê. Eu criei a conversa [sobre moda não binária] e ainda assim a Vogue ainda colocou Harry Styles, um homem branco heterossexual, em um vestido em sua capa pela primeira vez", completou Billy.
O ator ainda fez questão de afirmar que suas críticas não são direcionadas a Harry: "Não estou falando mal do Harry Styles, mas é ele que você vai tentar usar para representar esta nova conversa? Ele não se importa, ele só está fazendo isso porque é a coisa certa a fazer."
“Isso é política para mim. Isto é minha vida. Tive que lutar minha vida inteira para chegar ao lugar onde pudesse usar um vestido para o Oscar e não ser morto. Tudo o que ele precisa fazer é ser branco e heterossexual", finalizou.