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O Assassino da Minha Filha: tudo sobre o novo true crime da Netflix

Novo documentário de true crime da Netflix acompanha a luta de um pai que tomou medidas extremas para levar o assassino de sua filha à cadeia

@rafaelapaiiva | Publicado em 20/07/2022, às 20h00

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O Assassino da Minha Filha: tudo sobre o novo true crime da Netflix - Crédito: Divulgação/Netflix
O Assassino da Minha Filha: tudo sobre o novo true crime da Netflix - Crédito: Divulgação/Netflix

Assim como A Garota da Foto,O Assassino da Minha Filha é mais uma das novas produções de true crime da Netflix. Lançado em 12 de julho e com direção de Antoine Tassin, o documentário francês apresenta o caso de uma jovem de 14 anos abusada e morta pelo próprio padrasto, o renomado médico alemão Dieter Krombach. Intrigante e comovente, a história foca na luta do pai da vítima, André Bamberski, que passou décadas e tomou medidas extremas para levar Krombach à cadeia.  

🚨 ALERTA SPOILER 🚨


O CASO KALINKA BAMBERSKI 

Através de entrevistas e documentos, OAssassino da Minha Filha reconta o triste “Caso Kalinka Bamberski”, crime que aconteceu em 1982 e levou quase três décadas para condenar o responsável. Focando na perspectiva de André Bamberski, pai de Kalinka, a produção ganha um toque pessoal que emociona, choca e revolta os espectadores.

O Assassino da Minha Filha: tudo sobre o novo true crime da Netflix
A jovem Kalinka Bamberski - (Foto: Getty Images)

Tudo começou em 10 de julho de 1982, quando André, que morava na França, recebeu uma ligação de Danièle Gonnin, sua ex-esposa, que morava na Alemanha com o novo marido, o médico Dieter Krombach, avisando que Kalinka havia morrido devido a uma insolação. Após a notícia, o pai da garota viajou até à França e lá, percebeu que havia algo de errado.

No dia do funeral, rumores de que a jovem havia falecido por causa de uma injeção intravenosa que o padrasto deu a ela para se bronzear, começaram a circular entre os vizinhos de Krombach. Chocado com os boatos, Bamberski pediu que Danièle lhe enviasse uma cópia da autopsia, que chegou no início de outubro daquele ano. Após ler o documento, ficou claro para o pai de Kalinka que a filha não havia sofrido uma insolação, mas os médicos legistas se recusaram a especificar a causa da morte por escrito, além disso, foram encontradas irregularidades na parte genital da garota, indicando um suposto abuso sexual.

O Assassino da Minha Filha: tudo sobre o novo true crime da Netflix
Kalinka Bamberski e seu padrasto, o médico Dieter Krombach - (Foto: Getty Images)

Não houve nenhuma investigação policial, o que gerou ainda mais sofrimento para André, que a partir daquele momento decidiu que não iria descansar até conseguir justiça para a filha. Com a intenção de tornar o caso público, Bamberski escreveu um folheto contanto tudo o que havia acontecido com a menina e expondo Krombach, imprimiu cinco mil cópias e saiu distribuindo pelas ruas de Lindau, na Alemanha.

Esse foi só o começo de uma luta que durou 39 anos. Enquanto muitas pessoas acusavam André de ser "louco", Dieter continuou vivendo normalmente como médico renomado na cidade. Em 1988, três médicos franceses confirmaram que a morte da menina foi causada pela medicação aplicada pelo padrasto, já em março de 1995, uma sentença foi anunciada na França, condenando o assassino a 15 anos de prisão. Quando finalmente pensou que poderia descansar, André teve uma nova surpresa: houve um bloqueio politico, e o governo alemão resolveu não extraditar Krombach.

O Assassino da Minha Filha: tudo sobre o novo true crime da Netflix
André Bamberski, pai de Kalinka - (Foto: Getty Images)

Em 1997, veio a público um caso de estupro contra uma paciente menor de idade, cometido pelo doutor Krombach. Isso resultou em uma suspensão condicional da pena de dois anos, além da proibição de praticar medicina para sempre — o que ele não seguiu. Logo foi descoberto que Dieter estava usando documentos falsos e atuando como médico substituto por toda a Alemanha. Ele foi capturado pela polícia quando tentava fugir do país, e toda a situação ganhou ainda mais destaque na mídia.

O SEQUESTRO

Em 2007, as coisas só pioraram quando outras mulheres surgiram acusando Krombach de abusos sexuais. No entanto, ele recebeu apenas dois anos de prisão, e acabou sendo liberado mais cedo. Quando percebeu que não poderia contar com a justiça e frustrado por todos os anos de luta, em setembro de 2009, André precisou tomar medidas extremas para que o médico cumprisse a pena pelo assassinato de sua filha. Ele sabia que Dieter precisava estar na França para cumprir a sentença, então foi em busca de ajuda para levá-lo a força para o país.

Comovido com toda a história, Anton Krasniqi, um barman com ligações com uma gangue russa, se ofereceu para ajudar, e não queria nenhum dinheiro para isso. Com a ajuda de dois homens, Anton recebeu o consentimento de André e sequestrou Krombach. Chegando na França, Dieter foi jogado em uma rua da cidade de Mulhouse. Sabendo da informação, André ligou para a polícia para irem buscá-lo, e lá, encontraram o homem extremamente machucado.

O Assassino da Minha Filha: tudo sobre o novo true crime da Netflix
Doutor Krombach, o responsável pelos crimes - (Foto: Getty Images)

André foi indiciado por sequestrou e associação criminosa, e uma nova luta judicial entre Krombach e Bamberski começou. Em 2011, o doutor Krombach continuava a ser acusado pelo assassinado de Kalinka na França, e a pena que recebeu em 1995 e nunca cumpriu, ainda estava em jogo em Paris. Um julgamento midiático começou e, no sexto dia, informaram que Krombach havia sofrido um ataque cardíaco, o que pareceu mais uma mentira para seu rival. No entanto, o médico foi finalmente condenado a 15 anos de prisão por homicídio.

Por questão de saúde, Krombach foi solto em fevereiro de 2020 e morreu em setembro do mesmo ano. Com o tempo, outras mulheres falaram sobre os abusos sexuais, e 16 vítimas o denunciaram. Sobre o sequestro, André foi condenado a um ano de prisão em regime aberto, e ao ser questionado no final do documentário da Netflix, sobre o que falaria para um pai que perdeu sua filha, Bamberski, que atualmente tem 84 anos, respondeu: “Bem, eu diria a ele que foram 39 anos. Não desperdice sua vida. Eu lutei como Dom Quixote de la Mancha. Contra os moinhos de vento. Eu consegui justiça para ela. Mas, sinceramente, essas batalhas são extremas”.

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Anton Krasniqi e André Bamberski - (Foto: Getty Images)

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