Atriz interpretou Johanna Mason na franquia "Jogos Vorazes". Saiba mais!
Rafaela Paiva | @rafaelapaiiva Publicado em 02/03/2023, às 10h31
A atriz Jena Malone, que interpretou Johanna Mason na franquia "Jogos Vorazes", revelou na última quarta-feira (1) que foi vítima de abuso sexual durante as gravações do longa "A Esperança - O Final", em 2014. A notícia veio através de um post compartilhado no Instagram.
“Esta foto foi tirada logo depois que terminei A Esperança – O Final e tive que me despedir de todos no set. Estávamos filmando em uma bela propriedade no interior da França e pedi ao motorista que me deixasse sair neste campo para que eu pudesse chorar e registrar este momento”, começou ela.
“Embora esse tempo em Paris tenha sido extremamente difícil para mim, estava passando por um rompimento ruim e também fui agredida sexualmente por alguém com quem trabalhei. Fiquei muito grata por este projeto, pelas pessoas de quem me tornei próxima e esta parte incrível que eu tenho que fazer. Uma mistura rodopiante de emoções que só agora estou aprendendo a resolver.”
No desabafo, a atriz contou que não gostaria de associar o tempo que passou na franquia com um trauma tão grande. “Gostaria que não estivesse ligado a um evento tão traumático para mim, mas essa é a verdadeira selvageria da vida, eu acho”, declarou. “Como manter o caos com a beleza. Trabalhei muito para curar e aprender por meio da justiça restaurativa, como fazer as pazes com a pessoa que me violou e fazer as pazes comigo mesmo.”
A atriz continuou dizendo que ainda é difícil falar sobre o filme e sua personagem, mas que está pronta para recuperar a alegria. "Muito amor para vocês sobreviventes por aí. O processo é tão lento e não linear. Quero dizer que estou aqui para qualquer pessoa que precise falar ou desabafar ou abrir espaços não comunicados dentro de si mesmos. Por favor, envie-me mensagem privada se precisar de um espaço seguro para ser ouvido", completou.
Nos comentários da publicação, Malone contou que optou por não revelar a identidade de seu agressor por causa da cultura do cancelamento. “Também não vejo totalmente como o sistema de justiça criminal poderia reparar completamente minha cura, embora eu acredite que possa ajudar de várias maneiras”, afirmou.
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